A MetaMansão da Playboy

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A MetaMansão da Playboy, foi uma das matérias que mais me chamaram a atenção nos últimos dias, e como sempre faço com notícias que me chamam atenção, crio um post com a matéria e meus comentários, obviamente dando os devidos créditos a quem publicou a mesma. 

Uma das mais icônicas marcas do segmento de revistas, em todo o planeta, a Playboy viu a Internet derrubar sua marca e derrubar o império criado em torno de todo o glamour criado em torno dela. Aqui vemos o arquétipo do Amante na sua essência: o desejo.

Não sejamos hipócritas, o que vendia a revista eram as fotos das belas mulheres nuas de suas capas, suas reportagens e entrevistas eram interessantes, mas não era o que movimentava o império da marca.

A Playboy foi um dos maiores ícones dos últimos anos. A revista foi importante para consolidar a sua marca, mas como uma boa marca norte americana, o merchandising em volta do ícone do coelho foi altíssimo. A primeira edição teve na capa a atriz Marilyn Monroe, sendo levada curiosamente às bancas sem número na capa da edição, pois seu criador não tinha certeza de sua continuação. Na época de seu lançamento, a revista destacou-se como pioneira na exibição de fotografias de mulheres nuas.

Era possível comprar de tudo, desde roupão de banho com o símbolo, passando por produtos eróticos, maquiagem, perfumes e roupas. Agora terá o A MetaMansão da Playboy como um novo item de desejo da marca.

O criador de tudo isso, foi o genial Hugh Hefner que teve uma visão gigantesca de uma publicação que mexeria com a sociedade. Vale lembrar que a revista Playboy surgiu em 1953, uma época bem diferente dos dias atuais quando se pensa em uma revista que expunha mulheres nuas. Ou talvez, uma época em que a lacrolândia esteja querendo que voltemos.

O americano Hefner faleceu, aos 91 anos, em 2017, na icônica Mansão Playboy em Los Angeles (EUA). Ele nasceu em Chicago em 1926.  Foi editor da revista, com a companhia-mãe Playboy Enterprises sendo gerida por Scott Flanders desde 2009. No Brasil, a marca chegou em 1975 e foi publicada até 2015.

A internet X impresso

Essa é uma velha discussão, será que o digital matou o impresso? Será que as pessoas pararam de ler o físico para ler o digital devido as suas facilidades, entre elas a gratuidade?

Claro que pensar em nós, é ser uma amostragem muito pequena dentro de um universo de mais de 200 milhões de pessoas em nosso país, mas apenas para uma reflexão: você ainda lê revista impressa?

Em casa, por muitos anos, líamos a Quatro Rodas, Exame, VIP, Veja e Casa Cláudia, isso quando eu morava com meus pais. Quando casei, eu assinei a VIP e Exame. A VIP não existe mais, a Exame eu leio a Newsletter. Meus pais ainda assinam Veja, Exame e Casa Cláudia, mas já me confessaram inúmeras vezes que quase não as leem mais.

A única que eu leio, a versão imprensa é a Revista 29Horas, que por eu ter a honra de ser colunista, eu a recebo em casa mensalmente. 

E você? Como é seu hábito de leitura? Será que o meu hábito é similar ao seu?
E será que esse hábito se expande a uma grande parcela da população?

O fato é que as revistas e jornais permanecem vivos, mas o fato da Editora Abril não ser mais a gigante que era em outras décadas nos mostra um caminho nada muito animador para o impresso.

A Playboy sofreu com isso

Com a chegada da Internet, algumas pessoas escaneavam as fotos da revista e jogavam em seus blogs, atrás de audiência. Era o início da estratégia de caça-clique da qual o jornalista Jorge Nicola aprendeu tão bem, mas esse usa para o segmento do futebol.

O mais interessante da revista, as mulheres nuas, rapidamente estavam distribuídas pela internet, muitas vezes antes da revista nas bancas, uma vez que os assinantes recebem o exemplar antes de ir às bancas, na maioria das revistas isso é um padrão. Na década de 70, a revista chegou a vender 5,6 milhões de exemplares por mês, hoje, não passa de 800 mil.

Os amantes da revista começaram a entender que não precisavam mais comprar um exemplar para ver a mulher do momento nua, bastava jogar seu nome no Google, e pronto, todas as fotos estavam lá, mesmo que a qualidade fosse ruim, mas o que importava dava para ver.

Além disso, o mundo mudou e veio então a onda politicamente correta e a luta contra a mulher objeto, que não vou entrar no mérito aqui se é bom ou ruim, mas esse é um fato, aliado a cultura do cancelamento, que estamos vendo hoje, que de nada adianta e acaba apenas impulsionando o cancelado. A lacrolândia perde forças todos os dias.

É fato que nenhuma mulher da história da Playboy pousou nua porque lhe colocaram uma arma na cabeça, mas sim, porque colocaram alguns milhões em sua conta bancária, mas cada um tire a conclusão que quiser sobre isso. Eu, por crescer na década de 80 não via nada demais, mas essa é a minha visão.

O que chama a atenção, do ponto de vista de marketing e branding, é o fato de que o Metaverso pode ser a plataforma que poderá reerguer essa icônica marca, uma vez que essa plataforma trará algo novo: avatares nus. Se isso é certo ou normal, tire as suas conclusões, para mim, hoje será uma novidade que vai chamar a atenção, mas não acho isso algo interessante. Esperemos para ver.

Playboy no The Sandbox

Segundo o site, Moneytimes, The Sandbox (SAND), foi a plataforma escolhida pela marca para sua primeira aventura no Metaverso. Vale lembrar que o Metaverso tem várias plataformas e as marcas podem estar em todas, porém, nesse começo ainda estão optando em eleger uma para concentrar suas atividades.

Avalio isso como correto. Estamos vendo nas Redes Sociais que as marcas estão em varias plataformas, porém, acabam concentrando os esforços em uma e replicando esse conteúdo para as outras. 

A bola da vez, hoje, é o Instagram, mas da mesma forma que a 5 anos atrás era o Facebook, daqui 5 anos pode não ser o Instagram a grande rede que as marcas usam para construir relações e vender.

No Metaverso tende a ocorrer o mesmo. Avalio que em breve, as marcas construirão suas iniciativas em várias, similar ao que se faz nas Redes Sociais hoje, indo atrás das audiências de cada uma das plataformas, natural, afinal, como o grande Milton Nascimento diz “todo o artista tem que ir aonde o povo está…” entenda, na minha metáfora, artista como as marcas.

MetaMansion será uma revolução?

Essa iniciativa não é a primeira da marca nesse universo do Metaverso, que cada dia mais tem sido ligado as NFTs:  “Playboy Rabbitar Official” no marketplace da OpenSea. Essas NFTs da Playboy darão acesso VIP a mansão, algo, que nas décadas de 70, 80 e 90 era o sonho de milhares de pessoas pelo mundo.

NFTs PlayboyA coleção é inspirada no seu ícone, o lendário “coelinho da Playboy”. Ao contrário das coleções anteriores, que apresentaram poucas artes, esta coleção chamada de Rabbitars conta com 11.953 NFTs.

Segundo comunicado oficial da marca, a iniciativa da Playboy no Metaverso tem uma forte conexão com a atmosfera que a marca gerou:

“Tudo inspirado em nossos 70 anos de estilo de vida Playboy, eventos e experiências famosas na histórica Playboy Mansion e nossa enorme biblioteca de conteúdo e coleção de arte. Nossos Coelhos terão acesso VIP especial a experiências, missões, brindes e muito mais.” 

A revista atualmente tem versões em 33 países e 30 idiomas e mais de US$ 50 milhões são conseguidos no licenciamento da marca, cobrindo os prejuízos que a edição impressa tem nos EUA, produtos aqui já mencionados.

A MetaMansão da Playboy

Como aqui vimos, essa iniciativa da Playboy tem um enorme poder de fazer ressurgir, com força, essa icônica marca. 

O poder que o Metaverso tem mostrado ter, ainda em seu início, faz muito estrategista, assim como eu, pensar nas mais diversas possibilidades. 

Tenho estudado a fundo esse tema, aliás, esse é o tema do próximo livro que vou lançar, ao lado da minha amada esposa, Maya Mattiazzo, onde apresentamos não apenas um cenário de como está, mas projetamos o futuro do Metaverso através de muito estudo e da nossa visão de estratégia, afinal, estrategistas precisam prever o futuro, não?

Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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