Caminhos que as marcas devem seguir em 2025

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Caminhos que as marcas devem seguir em 2025

Caminhos que as marcas devem seguir em 2025 começa logo no início do ano, com diversos estudos aparecem trazendo as tendências que serão pautas para as empresas ao longo do ano. Vários veículos do segmento de comunicação e marketing publicam estudos de tendências baseados em empresas focadas em estudos, como o WGSN, referência global.

Profissionais de marketing estão, cada dia mais, obrigados a  entender tudo o que se passou em alguns eventos que já ocorreram, mesmo que 2025 tenha acabado de começar, como é o caso da NRF por exemplo. Esse é um importante evento, que vira pauta para as agendas dos CEOs a cada ano que se inicia.

WGSN aponta para

O segredo da Shein não é o produtoO WGSN, por exemplo, trouxe como tendências dessa feira: o varejo de experiência e o amadurecimento da inteligência artificial no dia-a-dia das empresas.

Recentemente, no podcast o CEO Insights da McKinsey  CEO do grupo Boticário, Fernando Modé, apontou a importância da inteligência artificial preditiva, no dia a dia do grupo algo corrobora para o estudo do WGSN, ou seja, estamos diante de um dos maiores institutos de pesquisa do mundo e de uma das maiores empresas de beleza do mundo apontando o mesmo caminho. Algo há ai…

Esses dois dados, acima apresentados, reforçam a minha tese de que Inteligência Artificial é muito além de posts bonitos no Instagram, e ainda trago um dado de uma entrevista de Grazi Sbardelotto, VP de Marketing Cloud na Pmweb, para o Meio&Mensagem onde a profissional traz o conceito de hiper personalização como um importante fator que agrega a inteligência artificial preditiva, assim como, ela também reforça a experiência dentro das lojas como uma das tendências do varejo para 2025.

Esses são alguns fatos, de caminhos que as marcas devem seguir em 2025, os quais aconselho você deve ficar de olho. Aqui fica a sugestão para você ler mais matérias e assistir aos vídeos de quem esteve na NRF, e se aprofundar um pouco mais do que foi dito lá, cerca de 10% das pessoas que estiveram na NRF são brasileiros, ou seja, não será difícil achar materiais.

Daqui algumas semanas, SXSW e CES deverão ocorrer e com isso mais tendências de marketing e varejo chegarão ao nosso conhecimento.

Não acredito que virão muitas coisas novas, mas acredito que muitos os conceitos que estão sendo falados nos últimos três anos serão reforçados, o que mostra o que o mercado publicitário tem que começar a se mexer, e aqui fica um claro o recado para as agências de publicidade: Abram os olhos!

Achar que o mercado digital é apenas post no Instagram, vai deixar vocês muito para trás.

Abram os olhos para o Branding

O que me motivou a escrever esse artigo, em um ensolarado sábado sol sentado em um restaurante na minha segunda casa um MorumBIS, foi um estudo que recebi dias antes de escrever esse texto, em um grupo de WhatsApp com profissionais de planejamento de comunicação.

O estudo chamado Brand Insights, da Essence Branding, apontou interessantes caminhos para as marcas em um mundo cada vez mais rápido e constante evolução, algo que estamos acompanhando nos últimos anos, ou deveríamos, né? Não me canso de ver gestores de marca se vangloriando das suas evoluções pessoais, como a aquisição de carros elétricos, casas automatizadas, uso de aplicativos para tudo, mas que ao enxergarem as estratégias de suas marcas, só olham para o básico: Google, Redes Sociais e RD Station, importantíssimos! Mas não é tudo!

Reforço para as agências acordarem, eu tenho muito carinho por agências e aprendi muito passando por algumas delas, então esse recado não é maldoso mas carregado de muito carinho pelo mercado das agências que tem que parar de pensar o digitalFoque no Branding para 2024 apenas como Rede Social.

Eu e o Rafa Castro, estamos escrevendo um livro onde entrevistamos grandes nomes do planejamento e a palavra cultura foi uma das mais citadas nas mais de 30 entrevistas que já fizemos até o momento.

No estudo da Essence Branding, que aponta caminhos que as marcas devem seguir em 2025, essa palavra parece muito também, portanto, tomado um estudo as entrevistas para o livro, posso afirmar que entender a mudança da cultura e as novas tecnologias, é papel fundamental nesse novo momento de Branding,

Consumidores continuarão a esperar que as marcas ofereçam mais do que apenas produtos ou serviços, eles buscam conveniência, inovação e, acima de tudo, um relacionamento transparente e autêntico.

Os novos momentos de Branding

“Se você puder tomar decisões com base em dados, pesquisa confiável e profundo conhecimento da empresa você terá mais controle do futuro”,essa frase foi dita por Any Webb, CEO da Future Today Insights.

Os relatórios dela estão sempre entre os conteúdos mais aguardados na NRF, pois os seus estudos ditam muitas tendências e os caminhos que as marcas devem seguir em 2025 passam por entender essas tendências, e trazer para o dia a dia das marcas.

Passado toda essa introdução sobre o universo das marcas no momento atual, vou me aprofundar mais no estudo da Essence Branding, que aponta para 6 momentos, os quais eu vou resumir aqui na minha visão de cada um deles.

Se você quiser Esse estudo, me mande um e-mail para felipe@felipemorais.com com o assunto “Estudo Brand Insights Essence Branding” e eu lhe enviarei.

Diálogos multigeracionais

Razorfish, importante agência global, aponta que as gerações Alpha e Z compartilham 8 de suas 10 marcas favoritas; Os Millennials (geração Y) usa o mesmo copo Stanley e seus filhos. Essas gerações possuem diferenças de idade, conhecimento, experiência, histórias de vida que desejos, até as suas visões sobre o mercado de trabalho são diferentes, o estudo aponta terrenos comuns de conexões entre as gerações, o que abre para as marcas um campo de diálogo.

Essas conversas das marcas com as gerações, precisam ter como pauta principal a essência da marca, que vai contar as suas histórias através de vários canais, mas importante saber, que o canal não é o mais importante mas sim, colocar as pessoas, efetivamente, no centro da comunicação.

Caminhos que as marcas devem seguir em 2025, passa pelo papel das marcas, e nesse ponto as agências tem muito agregar, em conhecer profundamente seus públicos e criaram história eterno que seja muito fiel a promessa da marca.

Influência de dentro para fora

Estamos passando por um momento onde o senhor estão virando influenciadores. João Adibe, da Cimed, Carol Paiffer do Dinastia e Caito Maia da Chili Beans, são alguns dos principais exemplos que podemos trazer para este artigo, o Branding é uma estratégia que deve ser feita de dentro para fora, por exemplo.

O papel do CEO influenciador, mostra uma maturidade digital dentro do conceito de transformação digital que alguns anos falamos; aliás essa é uma tendência que há anos se fala, mas pouco se aplica aqui no Brasil, onde ainda para muitos, automação de marketing com ferramentas como RD Station, já representa a transformação digital da empresa, um grande erro, parafraseando Walter longo: ” transformação digital não é tendência, é pendência”.

Essa transformação só ocorre, quando as as marcas têm maturidade digital. Em meu livro, Transformação Digital, eu abordo sobre a cultura digital antes da transformação. O CEO influenciador humaniza e aproxima a marca do público, pois fortalece a confiança que o público tem na empresa e com isso ampliando o engajamento, portanto, é preciso entender que os conteúdos tem que ser multiplataformas, e além do LinkedIn, é preciso que as empresas criem e-books, livros e muita participação em programas de entrevistas tanto na TV como podcasts.

Caminhos que as marcas devem seguir em 2025, segundo o estudo, passa pelos colaboradores também serem influenciadores, não apenas os CEOs. O estudo aponta que 69% das organizações já estão investindo em influenciadores internos, isso vai muito ao encontro de um desejo das novas gerações em saber mais o que acontece dentro da empresa e ser mais valorizado os lugares onde trabalham.

Acessibilidade Criativa

Aqui estamos falando sobre inclusão, uma pauta muito importante dentro das empresas, e enxergo aqui também um papel importante das agências neste novo cenário, não apenas tendo diversidade e inclusão dentro das agências, mas elas provocando os clientes para que isso ocorra internamente, e externamente comunicação, algo que vai além de uma campanha na Rede Social.

O estudo aponta que no Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas (8,9% da população) têm algum tipo de deficiência, e o potencial de consumo desse grupo alcança R$ 11 bilhões. Não é o mercado que as empresas deveriam desprezar, porém, estudos apontam que apenas 25% da população se sente representada nas campanhas publicitárias, ou seja, a um vetor importante no Marketing a serem invertido.

Segundo o estudo, os caminhos que as marcas devem seguir em 2025, passam pela acessibilidade de forma integral vai além de cumprir normas ou realizar ajustes pontuais e da adaptação de produtos, serviços e comunicações para atender às demandas de diferentes públicos; está diretamente ligada à experiência que uma marca oferece a todos os seus consumidores, independentemente de suas capacidades; aqui vale ressaltar, uma frase que aprendi em 2016 e uso constantemente, dita por Steve Cannon, CEO Global da Mercedes-Benz “a experiência é o novo marketing”.

Marcas inclusivas entendem que seu papel vai além de vender produtos; elas têm o poder de transformar percepções e contribuir ativamente para um mundo mais igualitário. Esse é um poderoso insight da pesquisa, uma vez que estamos diante de um novo cenário do Branding, em que as marcas que só querem vender perderão espaço rapidamente na mente e no coração dos consumidores, é preciso pensar no além de vender produtos.

Criatividade Expandida

O futuro do Branding com a Inteligência Artificial generativa é como o estudo ver essa criatividade expandida. Caminhos que as marcas devem seguir em 2025, como já vimos aqui, passa pela inteligência artificial.

Não há menor dúvida, de que a Inteligência Artificial generativa está trazendo um ganho de produtividade e criatividade enorme dentro das agências, a ponto dos times criativos iniciarem debates sobre o seu futuro dentro do ecossistema de comunicação; eu sinceramente não vejo como a Inteligência Artificial generativa possa acabar com os cargos de criação dentro das agências, mas entendo que o profissional que não se adaptar a nova realidade ficará para trás, assim como, já dito aqui, as agências que acharem que essa tecnologias é só para criar campanhas em Redes Sociais, também ficará para trás.

A Accenture estima que cerca de 40% das atividades criativas podem ser automatizadas ou otimizadas por Inteligência Artificial generativa

Isso é um dado muito interessante para as agências, mas olhar só para isso eu não vejo com bons olhos para o futuro dessas agências, entretanto olhar essa tecnologia com personalização de comunicação, ajustando e melhorando criativos de acordo com a análise de performance dos times de business intelligence, mídia e planejamento, já é um ganho em que as agências podem contribuir ainda mais para o ecossistema de comunicação.

Caminhos que as marcas devem seguir em 2025 passa pelo trabalho em conjunto, de várias frentes, dentro de todo esse ecossistema de comunicação que vem falando nesse artigo, para trazer uma experiência única e inovadora para o consumidor final, que deve ser entendido como um indivíduo único.

Presença Integrada

Omnicanalidade e a consistência na experiência de marca é um tema extremamente interessante. Me lembro que na NRF, de 2013, ou seja há 12 anos atrás, o termo Ominichannel surgiu como uma das novidades daquele evento. Foi uma das vezes que realmente algo surgiu de muito novo dentro do evento.

Na entrevista que assistir de Fernando Modé, já que citada, ele fala muito sobre como o grupo Boticário já se adaptou a tendência da omnicanalidade, porém eles estão trabalhando neste conceito desde 2010. Na visão do CEO, as pessoas já escolheram ominichannel, não há mais distinção, para as pessoas entre o mundo online e offline, porém isso é algo, que nós profissionais de marketing que já entendemos esse novo mundo que o digital trouxe, já usávamos isso em nossas estratégias.

Omnicanalidade não é algo do dia para noite, mas se você não começou ainda fazer toda a transformação digital da sua marca para trazer a Omnicanalidade, sinto lhe informar que esse estudo de caminhos que as marcas devem seguir em 2025, pode ser apenas mais um conteúdo para você, e não um aprendizado que será colocado em prática.

O estudo reforça isso quando aponta que, conectar todos os pontos de contato e oferecer uma experiência fluida já é uma expectativa crescente para 2025. Com consumidores navegando por diferentes plataformas e canais, a coerência entre eles não é apenas desejável, mas crucial para garantir uma experiência de marca contínua e satisfatória.

Uma das empresas que melhor trabalha o ecossistema digital, a Zendesk, publicou um relatório em que aponta que

As empresas que adotam uma estratégia omnichannel veem sentindo uma melhoria significativa na satisfação dos clientes e um aumento na eficiência operacional, além de fortalecerem o relacionamento com seus públicos.

Diante disso, é preciso entender que a marca não precisa estar em todos os lugares, mas onde estiver, deve estar com consistência.

Estar presente em todos os canais pode ser uma tentação para as marcas, mas o foco deve ser na qualidade e consistência da presença, não na quantidade de plataformas. Escolher os canais mais relevantes para o público e garantir uma experiência sólida nesses pontos é a chave para uma estratégia omnichannel bem-sucedida.

Horizontes do Consumo

Caminhos que as marcas devem seguir em 2025 passa por decifrar o consumidor do amanhã. Já falamos aqui sobre o papel das marcas – e como as agências podem ajudar – a entender a cabeça desse consumidor, cada vez mais exigente e com uma grande quantidade de informação o que deixa seu poder de decisão mais complexo.

A jornada de consumo, que um dia já foi linear, hoje é muito mais complexa segundo alguns especialistas do mercado publicitário. Não enxergar que as novas tecnologias estão mudando os comportamentos, é ter uma miopia de marketing perigosa para as empresas; as tecnologias a vida das pessoas mais fáceis porém é preciso trazer experiências e corroborem com essas facilidades.

Por outro lado, as pessoas estão mais de olho no Branding, principalmente em alguns pontos muito importantes, que o estudo levantou como:

  • Honestidade e Transparência: A confiança é um dos ativos mais valiosos no relacionamento com os consumidores
  • Momentos simples e significativos: Os consumidores buscam experiências que reduzam a complexidade da vida cotidiana
  • Tecnologia e Transformação Digital: O uso de Inteligência Artificial e outras tecnologias digitais está remodelando as interações de consumo.

Caminhos que as marcas devem seguir em 2025

Espero que nesse artigo, baseado não apenas no estudo de Brand Insights, da Essence Branding, mas mas em outros materiais os quais tive acesso recentemente, como a entrevista de Fernando Modé, por exemplo, eu tenho conseguido fixar na sua mente, que o marketing digital está muito além de fazer campanhas nas Redes Sociais, e que as agências têm que acordar, pois elas têm um papel fundamental em todo esse ecossistema de comunicação, mas que estão deixando de lado para focar em algo importante, como as Redes Sociais, mas que não é único dentro da comunicação.

Pessoas confiam em marcas
Compra um produtos
Buscam serviços

Essa é a trilogia básica de um consumidor no varejo tradicional.

Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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