Comportamento de consumo mudou

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Comportamento de consumo mudou! Acorda Brasil! Essa é uma realidade que muitos sabem, mas poucos aplicam. Quando eu recebo briefs, em 2021 onde agências parceiras em falam “o cliente precisa entrar na internet” eu penso que tem gestor de marca que vive em Nárnia. Não é possível!!!!

Sociedade 5.0

Quando fui convidado para escrever sobre o tema sociedade 5.0, fiquei um pouco assustado. O que seria isso? Como qualquer pessoa com um pouco de conhecimento de Internet, fui buscar no Google e achei essa definição “sociedade 5.0 é uma proposta de modelo de organização social em que tecnologias como bigdata, inteligência artificial e internet das coisas (IoT) são usadas para criar soluções com foco nas necessidades humanas”. Em um primeiro momento eu pensei que seria algo inovador, mas ao ler isso, me remeteu algo como “isso já não existe”? Comportamento de consumo mudou!!!

O BigData, Inteligência Artificial e Internet das coisas é uma realidade de muitos anos no mundo todo, mas no Brasil isso é tratado como tendência. O problema não é o brasileiro não ser criativo ou capaz, em termos de conhecimento de tecnologias e estratégias, não devemos nada a ninguém, aqui, nosso problema é outro, trata-se de algo chamado: coragem!

Em 2018, o Bradesco lançou a BIA, a Vivo lançou o Aura. Nos EUA, empresas de seguro, ja usam esses conceitos para fazer com que as pessoas paguem seguro pelo uso e não pela média de perfis como os dele. Em 2019, Walter Longo lançou um livro sobre um conceito de idade media X idade mídia, onde sairemos da média da população para privilegiar as pessoas como indivíduos. Comportamento de consumo mudou!!!!

Pois bem, poderia escrever umas 10 páginas de exemplos sobre o uso dessas 3 ferramentas, que são parte do que eu chamo de “Guarda-chuva” da Transformação Digital, em que abordo com mais detalhes em meu livro Livro Transformação Digital (Ed. Saraiva Uni), porém, eu vejo que as empresas precisam evoluir muito antes de pensar em sociedades 2,3,4,5,6.0… antes de mais nada, as marcas precisam entender sociedades como uma reunião de indivíduos onde cada um tem uma história, uma vida, uma forma de se comunicar com a marca, precisam parar de colocar tudo no mesmo barco e achar que as pessoas pensam iguais. Não!

Necessidades humanas

Se a, dita sociedade 5.0, vem para “para criar soluções com foco nas necessidades humanas” então vamos antes entender o conceito de ser humano. Um enorme erro das empresas é pensar na tecnologia e nas plataformas, antes de pensar nas pessoas. É ai que está a diferença do sucesso da Netflix, para a quebra da Blockbuster. Está ai a diferença da Apple ser tão amada e Dell ser um produto barato e útil.

Não é nem um pouco incomum as agências e consultorias receber dois tipos de perfil de consumidor, os básicos e os impossíveis de saber. Os básicos são aqueles mais do que manjados, Homens e Mulheres, ABC, 25+, graduados que ganham acima dos 10 mil reais por mês. Os impossíveis são aqueles que a empresa diz não ter a menor ideia de quem é o consumidor dela, pois é muito variado.

Ambas as respostas, poderíamos aceitar na década de 80 e 90, mas com o avanço da internet, das ferramentas de pesquisa e do poder que há hoje de rastrear as pessoas, não se pode mais falar isso, a não ser, que as empresas ainda olhem a internet como site e um canal de mídia. Nesse caso é aceitável, porém, não é o correto a se trabalhar no mundo cada dia mais digital que vivemos. O mais importante é saber que o comportamento de consumo mudou!

Perfis de público

Um homem, de 35 anos, casado com um filho de 5 anos. Ele é CEO de uma StartUp que acabou de receber um aporte de 10 milhões de reais. Para comemorar ele, que mora em São Paulo, resolve ir no Shopping Morumbi, entra na loja da MontBlanc e compra uma caneta de 4,5 mil reais.

Um homem, de 35 anos, casado com um filho de 5 anos. Ele é CEO Ele é CEO de uma StartUp que acabou de receber um aporte de 10 milhões de reais. Para comemorar ele, que mora em São Paulo, resolve ir a Comark, concessionária da Mercedes-Benz e troca seu Fusion 2013, por uma Mercedes-Benz C180.

O mesmo homem, pode ter 2 comportamentos diferentes. Se analisarmos pelo prisma dele ser um homem ABC, 25+, graduado que ganha acima dos 10 mil reais por mês, ele pode consumir marcas diferentes, por estar em momentos diferentes de vida. Não se analisa mais perfil de classe, idade ou sexo, mas o comportamento. Uma mulher, nasceu mulher, mas ela se entende em um corpo de homem.

A comunicação da marca, pode não se conectar com ela, pode não ter a linguagem especial que precisa, pois para a marca, ela é uma mulher, classe A, 23 anos, do Rio de Janeiro que gosta de ir à praia aos finais de semana, tem um Poodle e gosta de Marisa Monte. Só isso não é suficiente para saber como conquistar o coração do consumidor.

Quando se pensa na plataforma, como Facebook, Twitter ou Instagram, ou quando se pensa na tecnologia, como o aplicativo ou qual plataforma o e-commerce vai usar, se comete isso, não se entende sociedade, ser humano e pessoas. Se entende números. O comportamento de consumo mudou!

Comportamento de consumo mudou

Em época de Pandemia, Danilo Gentili chamou pequenas empresas para que ele, de graça fizesse campanhas em suas Redes Sociais com poder de impacto acima dos 25 milhões de pessoas, pouco mais de 10% da população brasileira o segue. Ambev distribuiu garrafas de água e depois de álcool em gel a comunidades pobres e acabou divulgando isso não apenas nas Redes Sociais, mas um trabalho de relações públicas muito forte.

Pessoas querem saber uma dica de filme no Netflix, jogam nas suas Redes Sociais e recebem 30, 40 dicas, as vezes, repetidas, as vezes não, do que podem ver, em um sábado de frio, debaixo do cobertor com pipoca. Em retribuição a dica, essas pessoas postam a foto ao lado da pessoa amada, com o balde de pipoca e ao fundo, a TV com o filme escolhido para aquele momento.

O que a sua marca compartilha para fazer parte desse cenário?

 

Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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