O Agronegócio é pop

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O Agronegócio é pop e isso não é uma frase feita de campanha de TV. Ele realmente está cada dia mais avançado no Brasil quando falamos de tecnologia. No artigo abaixo, você vai ler como o Agronegócio está cada dia mais avançado!

A Transformação digital não é papo de filme da Marvel. É uma realidade cada vez mais presente no universo das empresas. Estamos diante de uma das maiores mudanças da história do varejo, mas que para alguns, não passa de um discurso vazio de publicitário para vender um sonho. Ledo engano de quem assim pensa.

Há muitas empresas no varejo que estão se adaptando a isso há tempos, com o o caso da Magazine Luiza, ou Magalu, como é mais conhecida. Você pode já ter lido isso em outros artigos pela internet à fora, o que acaba sendo ruim, pois em um pais com mais de 215 milhões de pessoas, com mais de 30 milhões de empresas, apenas uma ser um case de sucesso na Transformação Digital é realmente triste. Some isso ao fato do Brasil ser um dos países que mais acessam e interagem na Internet no mundo e a tristeza cresce ainda mais.

Agronegócio

Não é de hoje que sabemos do total potencial do Agronegócio, o que representa 1/3 do PIB Brasileiro. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), existem, aproximadamente 45,4 milhões de hectares cultivados no Brasil. O número por si só já é enorme, porém, fica maior ainda quando entende-se que 1 hectare equivale a 1,1 campo de futebol. Fazendo um paralelo um pouco fantasioso, é quase 45 milhões de “Morumbis” um ao lado do outro. Esse universo produz cerca de 3.864 kg de alimentos por hectare.

Por ser muito mais forte no interior de São Paulo, o universo digital tem um certo preconceito com o uso da tecnologia nos campos, entendendo que “não chega internet de boa qualidade no interior do Brasil”,  um enorme erro pensar assim, entretanto, alguns pensam.

O Brasil no radar

Segundo a Organização das Nações Unidas, ONU, a população mundial saltará dos 7 bilhões de hoje, para 9,5 bilhões em 2050. Será difícil produzir comida para tanta gente, mas há países como o Brasil que são fundamentais para isso. Não que o Brasil tenha capacidade de alimentar tanta gente, mas sem dúvida é um dos países que melhor produz alimentos e se torna peça-chave para alimentar o mundo.

O Brasil é capaz de produzir de madeira e celulose para habitação a materiais de educação, de algodão para tecidos a cana e milho para etanol, além de outros insumos. Somos um país com “terra boa” como dizem por ai, com alto poder de produção agrícola, pecuária e aviária.

Devido a essa missão brasileira, o Agronegócio tem, cada vez mais investido em tecnologia para o campo. Se a imagem que temos é daqueles fazendeiros em cima de um cavalo, com chapéu de cowboy americano, camisa quadriculada olhando a produção, é melhor rever isso.

Hoje vemos um jovem, munido de iPhone e iPad nas mãos, com internet poderosa, implantando Inteligência Artificial/Machine Learning, Internet das Coisas, Drones e vídeos 360o em suas propriedades. E estamos vendo empresas de olho nesse perfil, criando plataformas digitais com foco em compra e venda de insumos.

O Agronegócio é pop

Um exemplo é a gigante Bayer que lançou uma plataforma de marketplace de insumos e produção agrícola, que tem como objetivo negociar insumos de diversas marcas e, também, vender sua safra, conectando compradores e vendedores do agronegócio. O conceito de plataforma, na sua essência, é esse, ligar produtores a consumidores. O Agro é pop!

Como dito acima, iniciativas digitais estão muito em alta. IoT ou Internet das Coisas usam sensores para compartilhamento de dados em tempo real na agropecuária vêm colaborando para melhorar o ambiente de bem-estar animal, sendo assim, o ganho de melhorias no campo tem sido visível e quando você lê ganhos, entenda lucro também.

Segundo o site da empresa Hazeshift, um termo que tem ganho muito espaço nesse cenário é a “agricultura de precisão: a partir da coleta de materiais do solo e de plantas. Com isso, em poucos minutos, os produtores podem identificar a necessidade de reforçar a presença de minerais ou utilizar defensivos agrícolas de forma direcionada”.

Ainda no mesmo site, aponta o uso de “satélites, veículos e drones estão cada vez mais presentes para apoiar a produtividade no campo. Startups, cooperativas e consultorias que utilizam informações de satélites, por exemplo, podem auxiliar seus clientes com informações sobre o desenvolvimento da lavoura. Nesse sentido, drones podem ser utilizados tanto para observação quanto para aplicação exata de agroquímicos em talhões de plantio específicos”.

BigData na agricultura

Um ponto forte que a Transformação Digital trouxe para o agronegócio é a enorme coleta de dados para o produtor rural. Aquele de camisa quadriculada e chapéu, ainda vai olhar a terra, a plantação e o clima para saber o que fazer, ele cresceu assim, mas seu filho, que está de camiseta, calça jeans e iPad nas mãos, está de olho em dados para melhorar a produtividade.

O centro da Transformação Digital é o BigData. Em meu livro Transformação Digital (Ed Saraiva Uni) eu abordo muito bem isso. Não é apenas coletar os dados, mas sim, saber o que fazer com eles, ir além do “Excel bonito”. O BigData não toma decisão, isso ainda é o cérebro humano, mas nos dá pistas de caminhos a serem seguidos, significa coletar informações, cruzá-las e utilizar as variáveis que temos disponíveis para melhorar a produção.

A hora e a vez das AgTechs

O Radar AgTech Brasil identificou 1.125 delas em 2019. Como startups têm, por característica, aprender por tentativa e erro, elas são essenciais para o desenvolvimento de novas tecnologias e a transformação digital do agronegócio, transformando a mentalidade do produtor rural.

O perfil do jovem de calça jeans, polo e iPad em mãos ainda é uma pequena parcela nesse universo agro, mas é preciso ficar de olho nessa geração, que nasceu com a internet e não vive sem. Essa geração que consome Netflix, Amazon, Google, Apple, Rappi, iFood. Essa é a galera que daqui uns poucos anos vai estar tomando as decisões, deixando aqueles de camisa quadriculada sentados em seus sofás descansando e ouvindo suas músicas sertanejas raiz em seus  radinhos de pilha…

 

 

 

 

Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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