O crescimento do Live Commerce no Brasil

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O crescimento do Live Commerce no Brasil é visível. Durante a pandemia esse foi um recurso muito usado e com muito sucesso para muitas marcas, o que ajudou a consolidar a estratégia em nosso país.

Após pouco mais de 2 anos, o Brasil finalmente está se livrando desse mal chamado COVID-19, uma das maiores catástrofe da era da humanidade, entretanto, é impossível negar o quanto o digital evoluiu nesse período. Isso não é para ser comemorado, é apenas um dado.

Para quem ainda não está familiarizado com o termo, o live commerce é uma forma de vender os produtos da sua loja online por meio de apresentações de produtos ao vivo, como se fosse o canal Shoptime, que há algumas décadas vemos na TV a cabo, porém o Live Commerce amplia as plataformas indo para o YouTube e Redes Sociais principalmente. Algumas marcas até usaram a TV para suas iniciativas nessa área.

O crescimento do Live Commerce no Brasil, é algo que você vai ler nesse artigo não apenas com dados mas também apresentado alguns cases que espero que frite seu cérebro de tantas ideias!

Com as pessoas passando mais tempo em casa, era natural que o digital tivesse uma enorme importante em suas vidas, ainda mais seus smartphones. O Live Commerce surgiu como uma novidade e com isso, atraiu muita gente que estava em casa, as vezes ociosos por serem proibidas de sair.

Nesses 2 últimos anos, a estratégia se consolidou e como se espera, evoluiu. E pensar que tudo isso praticamente começou na China com o Alibaba.

Live Commerce não é tendência

O portal Mercado & Consumo trouxe uma interessante pesquisa sobre esse movimento que está ajudando o mercado de vendas online a crescer no Brasil. Segundo o portal:

“A taxa de conversão do live commerce é de 16%, enquanto a do e-commerce tradicional é de 2%. Numa sessão de Live Commerce a atenção do consumidor está direcionada para o conteúdo apresentado. É uma entrega completa de experiência e relacionamento com conexão real e instantânea com os consumidores”, explicou Lyana Bittencourt, CEO do Grupo Bittencourt, empresa do grupo GS& especialista em varejo.

Veja que interessante a taxa de conversão: 16%. Isso significa que a cada 100 pessoas que entram em uma loja virtual durante uma ação de Live Commerce compram, ao passo que apenas 2 compram vindo das formas tradicionais como e-mail marketing, Google, Redes Sociais, Influenciadores ou comparadores de preços.

Como disse acima, o crescimento do Live Commerce no Brasil é visível e exponencial, tratando-se de uma nova fonte de renda para o varejo online no Brasil.

Vamos apostar só nisso?

Isso significa que precisa parar tudo e focar apenas no Live Commerce?
A resposta óbvia é: não!

Já está mais do que provado que é a soma dos canais que vão ajudar a sua loja virtual, ou seja, pode ser que o e-mail marketing lhe dê 1% de conversão, mas ele é muito importante para que o Google e as Redes Sociais possam vender mais. Isso chama-se modelo de atribuição que recomendo você estudar.

Segundo uma matéria do Neofeed, o mercado de Live Commerce deve movimentar, em 2022, mais de 500 bilhões de reais em todo o planeta e com certeza um percentual disso será em nosso país. Pense que se o Brasil ficar com 0,1% desse valor já são 500 milhões de reais na conta das lojas virtuais nacionais. Já a McKinsey aponta que 20% das vendas mundiais do e-commerce serão via lives.

Um bom incremento nas vendas, não concorda?

Por que fazer?

O crescimento do Live Commerce no Brasil tem como objetivo resolver um dos principais problemas do varejo online que é um diferencial na loja física: humanização.

Lemos a todo o momento que as marcas precisam usar o digital para serem mais humanizadas e isso é uma realidade. O icônico case da Netflix no Twitter onde SAC respondeu a um tweet usando a mesma linguagem de um filme que o cliente da Netflix usou para perguntar sobre algo.

A vantagem do Live Commerce é que meio do streaming – palavra que está cada dia mais inserida na vida do consumidor – as pessoas podem interagir ao vivo e fazer a sua compra conversado com quem está ali fazendo a apresentação.

No mercado de Casinos online, por exemplo, isso já é uma prática de muitos anos. Enquanto as pessoas apostam seu dinheiro nos jogos, apresentadores interagem com as pessoas e essas podem mandar perguntas no chat que são respondidas ao vivo.

No Live Commerce isso não só é possível como indicado para aumentar as vendas por meio de interação.

Ferramentas evoluindo

A VTEX, uma gigante do setor de e-commerce no Brasil, tem um interessante case junto a marca de chocolates Dengo, em que via sua plataforma as pessoas podem interagir com um vendedor direto da loja e comprar o que deseja, inclusive integrando com o WhatsApp e ao social commerce, o que reforça o que disse acima que as vendas são uma soma de várias iniciativas.

O crescimento do Live Commerce no Brasil não é algo a ser menosprezado. A Amazon lançou o Amazon Live e as Redes Sociais, por meio do social commerce já estão investindo nessa estratégia de vendas, que sinceramente não podemos chamar de tendência, afinal ela já está movimentado bilhões em todo o mundo.

O crescimento do Live Commerce no Brasil

Acho que os dados e cases acima já provaram que o Live Commerce deve ser uma ferramenta a ser usada imediatamente, afinal não só grandes empresas estão investindo, como também aumentando seu faturamento com essa ação.

Maya MattiazzoSegundo a especialista Maya Mattiazzo diz que “no Brasil ainda estamos em processo de aprendizado. Tanto as marcas tentando entender o que funciona melhor para o negócio delas, quanto os consumidores, que muitas vezes não entendem que aquela compra pode e deve ser feita durante a transmissão”.

Mas acredito muito nesse formato como uma evolução do e-commerce, pois une diversas frentes relevantes para as pessoas e resolve o problema da humanização da venda pelo digital.

Temos a possibilidade de através do entretenimento comunicar muito mais sobre os produtos, sobre a marca, formas de uso, além de possibilitar a interação com os clientes e isso precisa ser explorado no Live Commerce.

Ainda estamos trabalhando o senso de oportunidade para atrair espectadores, trazendo para as lives senso de oportunidade, preparando algumas surpresas para eles. Pode ser frete grátis, um combo exclusivo, desconto relâmpago, ou mesmo preços exclusivos para que está assistindo”.

E Maya tem razão. O Live Commerce como aqui já foi descrito está sendo uma arma para humanizar a marca, mas é preciso tomar muito cuidado com essa estratégia, a começar de quem vai apresentar a Live.

Famosos valem a pena?

Na minha visão não. Citarei dois casos meus que me apontam para a direção negativa de uma dúvida que com certeza no momento em que a ideia for colocada à mesa, surgirá. Tome a sua decisão, aqui estou contando apenas cases pessoais que, em uma nova estratégia, me faria pensar duas vezes.

O primeiro case nada tem a ver com Live, mas sim com uso de famoso. Quando, em 2016, lancei meu livro “Ao Mestre com Carinho, o São Paulo da era Telê” durante o evento, que teve mais de 800 pessoas, ocorreu um fato.

O poder da marca AnittaA fila para que eu autografasse o livro devia ter uma 20 pessoas e ao meu lado mais umas 20 conversando sobre o livro que tinham acabado de comprar. De repente a fila esvaziou e todos ao meu lado sumiram. Nada entendi, mas quando olhei para o lado, o grande Dario Pereyra, zagueiro uruguaio que jogou no meu São Paulo estava no local, ele, uma celebridade chamou toda a atenção!

Em um segundo caso, agora sim, focado em Live Commerce, um cliente resolveu em meio a pandemia fazer uma ação, contrato uma famosa cantora que tudo tinha a ver com o estilo da marca. Foram horas de Live nos canais da marca, a estratégia parecia ser certeira, mas…

As vendas não chegaram nem a 5% do cachê da famosa, o que nos fez crer que por mais que ela tenha se vestido com a roupa, tenha falado insistentemente para as pessoas comprarem no site, a duras penas, descobrimos que no fundo as pessoas só queriam ver o show de graça no conforto das suas casas.

O que quero dizer com isso?

Tome cuidado com a contratação do famoso para que ele ou ela não chamem mais a atenção do que a sua marca. A protagonista da Live deve ser a marca e nunca o(a) artista, logo, se a sua empresa tem a verba para contratar a Ivete Sangalo ou a Cláudia Leite, que ótimo, mas pense que no final do dia você poderá estar pagando para que seu público assista a um show dessas cantoras de graça. Poderá ser uma excelente ação de branding, mas pode não converter para o que se espera.

Não estou cravando: não faça! Estou apenas alertando que as vezes é melhor trazer uma pessoa que apresente muito bem a Live, mas não seja muito famosa, do que pensar que todos os milhares de seguidores dessa pessoa.

Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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