O futuro do SocialMarketing

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O futuro do SocialMarketing é um importante tema a ser debatido, afinal, esse tipo de pesquisa tem gerado diversos insights para estratégias de conteúdo, em especial nas Redes Sociais, afinal, quem entende a importância estratégica desse canal, sabe que ele vai muito além do post usando o meme da semana.
O conteúdo desse artigo está baseado em um relatório da Hootsuite, chamado “Social Media Trends 2023”, o qual eu tive acesso por meio de um cliente, que obviamente eu não posso publicar na íntegra e muito menos enviar por e-mail, portanto, nem perca tempo em me enviar mensagem pedindo que a resposta será negativa.

Redes Sociais vai além do post

7 passos para posicionar sua marca nas Redes SociaisQuem me segue nesse site ou nos meus canais digitais, em especial ao LinkedIn, onde só falo de trabalho (nos outros falo de vida pessoal, futebol e também assuntos relacionados ao trabalho) sabe que eu sou uma pessoa que luta contra a miopia do marketing digital.
Eu nunca fui contra as empresas fazerem ações de Google, Instagram, Influenciadores e Inbound Marketing, muito pelo contrário, são ações essenciais para o crescimento da marca, minha luta é contra a mania de resumir todo o universo do digital e todas as suas armas digitais apenas nisso; como dou de exemplo, seria como você ir a um rodízio e comer salada e linguiça apenas. Tem muito mais opções, não é?
Se você é do time que Redes Sociais são posts engraçados e o máximo que você analisa para montar são os analytics das plataformas, melhor você ler esse artigo, pois antes do post é preciso ter muito estudo, pesquisa e análise. Sem isso, continue usando a desculpa do alcance da plataforma para justificar seus baixíssimos resultados.
O futuro do SocialMarketing parte de um estudo a qual tive acesso aponta para alguns caminhos, entretanto, peguei uma parte, a qual me chamou mais a atenção, para fazer esse texto, sempre lembrando que junto aos pontos, terá sempre a minha visão, que pode ou não, ser a mesma que a sua. E está tudo bem com isso.

Crescimento social

Com mais de 110 milhões de pessoas que usam as Redes Sociais diariamente no Brasil, país que figura entre os 3 que mais usa qualquer uma dessas plataformas, não é nenhuma grande ideia usar as redes para comunicar sobre marcas, produtos ou serviços, isso já é uma obrigação, porém, estar nas redes e saber estar tem uma enorme diferença e nem sempre quem cuida desses canais sabe essa diferença.
O “novo normal”, termo que durante a pandemia virou febre não existe, porém, não há como negar que foi um momento de aceleração da internet no Brasil, o que fez até os mais céticos sobre a internet entenderem a sua importância.
De acordo com o estudo da Hootsuite, os gastos com as plataformas sociais tem crescido em todo o planeta, e no Brasil não é diferente, pois os gestores de marketing estão cada dia mais entendendo como medir o ROI; estou acompanhando uma mudança ao ver que muitos empresários já estão entendendo que as Redes Sociais também são canais de posicionamento de marca, esse é um panorama favorável para o futuro do SocialMarketing, Redes Sociais é um canal de branding também!

Creators como pilar importante

Tanto na NRF como no SXSW, na minha visão, as principais feiras de negócios do mundo, o termo Creators foi muito debatido.
No parágrafo acima falei sobre o crescimento das verbas de marketing com foco nas Redes Sociais, pautada no estudo da Hootsuite, porém, o mesmo estudo nos acende um alerta de que as verbas ainda não são como as agências e consultoriasO que é infotenimento? gostariam que fossem.
Usar os Creators para construção de marcas, reforçar posicionamentos, aumentar o engajamento e vender produtos/serviços é importante, mas com as verbas limitadas é preciso ser mais estratégico: segundo matéria do Meio&Mensagem,
“Creators são produtores de conteúdo. A palavra Creators remete a criadores porque eles, de fato e em geral, criam conteúdo original, com algum grau de autoria e criatividade. Já influenciadores vivem de sua notoriedade pessoal, de sua estrela, de sua projeção individual conquistada no âmbito tanto da internet quanto fora dela, pelos motivos mais variados do mundo, criam comunidades em torno de si e conseguem e com sua empatia, conseguem influenciar quem os acompanha”.
O futuro do SocialMarketing passa por entender que nem sempre o aquele influenciador com milhões de seguidores pode ser o ideal para a sua marca, por isso, é preciso ficar de olho nos menores, e entender que qualquer um pode ser um Creator, não precisa necessariamente ser um influenciador ou influenciadora.

Pensamento de mídia

No começo da minha carreira eu trabalhei na Publicis Brasil como assistente de mídia da Nestlé. Quando entrei para o time de mídia da marca, a ideia era traçar projetos para o universo online, isso foi em 2005. Porém, tudo era muito novo e como havia resistência quanto ao digital, eu cuidava e aprendia mais sobre mídia offline, em especial, TV.
Uma regra básica da mídia é “alcance x frequência”, uma estratégia que precisa ser pensada antes de pensar no canal a ser usado. Ao meu ver, esse pensamento básico da mídia está longe do dia a dia dos times de mídias sociais (para mim, o termo mídias sociais se refere a criar campanhas nas plataformas sociais), pois o que mais vejo são planos sem esse pensamento.
Quando se contrata um Creator de milhões de seguidores, o alcance ocorre, a frequência não; quando se contrata Creators menores, a frequência ocorre, o alcance não. O segredo é balancear, por isso, dentro dessa estratégia há a regra do impacto, quando uma ação atinge milhares de pessoas em um dia, versus atingir pessoas ao longo dos dias.
Quando a Maísa, com seus mais de 46,8 milhões de seguidores, fala de uma marca, ela tem o seu impacto no dia e no máximo no dia seguinte, depois as pessoas esquecem, por isso, depois de usar uma Maísa para divulgar sua marca, use o João, a Maria, o Pedro, a Renata, que tem 4 mil seguidores para que a mensagem tenha uma boa frequência, lembre-se melhor impactar 5 milhões de pessoas, todos os dias, durante 30 dias, do que 46,8 milhões em um só dia.
Segundo estudo da Hootsuite “os criadores podem ajudar as pequenas empresas com seus desafios de marketing mais agudos. As pequenas empresas dizem que também estão se sentindo prejudicadas por uma possível recessão”, o que nesse começo de novo governo, todos estamos com esse medo.
Diante a verbas mais reduzidas, ser estratégico é fundamental e por isso, volto no parágrafo onde afirmo que Redes Sociais vai além do post.

O futuro do SocialMarketing

“A maioria das pequenas empresas não trabalha com criadores, mas nossa pesquisa de tendências sociais descobriu que organizações menores são as menos propensas a trabalhar com criadores; 72% das pequenas empresas (aquelas com menos de 100 funcionários) não trabalham com criadores de conteúdo, enquanto quase 42% das empresas com mais de 1.000 funcionários trabalham com criadores”, aponta o estudo da Hootsuite.
Entender de pessoas é fundamental para o sucesso de uma marca, Simon Sinek já disse isso, com outras palavras, mas com oSimon Sinek frases mesmo efeito. Segundo o estudo da Hootsuite, “As pessoas acessam redes diferentes por motivos diferentes, a maioria dos usuários de mídia social gasta tempo em várias plataformas. Mais de 84% dos usuários do TikTok também estão no Facebook e quase 88% dos usuários do Twitter também estão no Instagram. As pessoas não obtêm apenas diferentes tipos de valor de diferentes redes, elas usam explicitamente diferentes redes sociais para diferentes propósitos”. Romeo Busarello, da Tecnisa, em 2007, já dizia que não é mais a marca que decide onde se comunicar com as pessoas, mas sim, as pessoas decidem onde se comunicar com as marcas, por isso, na época, a marca que mais revolucionou a Internet no Brasil, já possuía mais de 35 canais de contato com seus diversos públicos.
Mídia + conteúdo relevante + Creators, tendo como base estudos de mercado, análise constante da concorrência, uso de ferramentas de análises e social listening forma a equação perfeita das Redes Sociais; um ponto não feito dessa engrenagem e os resultados podem ser muito menores do que poderiam ser.
Case Pantee
O futuro do SocialMarketing passa por empresas usarem a equação acima diariamente, assim, conseguirem resultados para as marcas com as quais trabalha; o mercado está mudando, as empresas estão trazendo profissionais das agências para seus times com a missão de melhorar a comunicação; ainda uma tendência com pouco uso, mas em breve, não vai ser mais possível enganar o cliente com frases em inglês, termos clichês e um slide bonito mostrando crescimento de likes…
O estudo da Hootsuite apresenta o case da Pantee (roupas íntimas sustentáveis da Inglaterra) que se uniu a Creators que compartilhavam seus valores – isso é importante para a veracidade da mensagem – com a missão de reduzir o desperdício da moda. Atualmente, a indústria da moda produz cerca de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis a cada ano, e com aproximadamente 30% das roupas feitas nunca foram vendidas, o excesso (deadstock) é frequentemente destinado ao lixo.
A missão da campanha é fazer compras conscientes para alcançar melhor as comunidades que se alinham com a missão de sustentabilidade de sua marca, e para elevar a veracidade da marca, usa mulheres para criar roupas para mulheres, com o tecido que seria jogado fora.
A marca chama Creators que compartilham de valores como:  sustentabilidade, saúde mental e positividade do corpo, além, claro, de ser apaixonados pela marca, o que aumenta a veracidade. É fato que as pessoas percebem quando os Creators criam conteúdos do que acreditam, versus, o que são pagos para falar.
“Se um criador não comprar de nós, não nos sentiremos à vontade para trabalhar com ele para promover nossa marca. Buscamos sempre a verdade e a transparência“, diz Amanda McCourt, cofundadora da Pantee.

Insight da pesquisa

Nem tudo o que a gente faz no dia-a-dia é legal. Eu, por exemplo, passo a maior parte do meu dia fazendo pesquisas, e nem sempre elas são legais, mas sem isso, meu trabalho fica um enorme achismo; uma das coisas que eu não gosto muito de fazer é analisar as Redes Sociais das marcas e concorrentes, não gosto, mas faço. As marcas estão sendo solidárias comigo, pois elas estão facilitando o meu trabalho, afinal, elas usam o Instagram e replicam a mensagem no Facebook e LinkedIn.
Agradeço a isso, mas sempre achei que isso fosse uma enorme preguiça de quem cuida das Redes Sociais das marcas, ou, a velha desculpa de que “isso não está no escopo”, nem deveria ser discutido que é preciso fazer conteúdos diferentes para as plataformas, afinal, cada plataforma social tem um DNA a ser respeitado.
A pesquisa da Hootsuite reforça esse meu pensamento, o que mostra que o que eu defendo há anos, não está tão fora da realidade.
Os profissionais de marketing bem sucedidos sabem que a estratégia é mais importante do que a tática, mas com tantas demandas de tempo e recursos – e com redes parecendo cada vez mais semelhantes a cada dia – não é surpresa que 52% dos entrevistados em nossa pesquisa disseram que publicam conteúdo cruzado para várias plataformas sociais com o mínimo de alterações possível. Apenas 18% dos profissionais de marketing criam postagens diferentes do zero para cada plataforma, isso é um erro, pois embora a postagem cruzada economize tempo, ela vem com um custo alto: resultados. Nossa pesquisa descobriu que os profissionais de marketing que criam postagens diferentes do zero para cada rede estão significativamente mais confiantes no valor desse conteúdo.
A ideia desse artigo é inspirar você a entregar algo melhor, mais assertivo e que você entenda que o futuro do SocialMarketing não é apenas criar mais posts, é preciso que esses posts tragam resultados, e vamos parar de achar que “like”é resultado! O “like”só é resultado para essa geração frustrada que acha que vai mudar o mundo com um Tweet e precisa entrar em todas as polemicas, para dar a famosa “lacrada” e se sentir bem com alguns “likes”, no marketing real, do varejo, dos negócios, dos resultados, o “like” é apenas uma das métricas, não a métrica!
Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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