O Metaverso é uma realidade?

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O Metaverso é uma realidade, sem dúvida, é algo que muitos gestores estão se perguntando. Recentemente, conversei com CEO de uma grande empresa que me disse que está de olho no movimento, mas que ainda avalia que o Metaverso é algo a ser melhor estudado, mesmo que a sua empresa já esteja presente e com cases lá.

Pesquisando um pouco, me deparei com um artigo do site Mercado&Consumo, uma das minhas literaturas diárias, sobre o tema é resolvi trazer o artigo, com os devidos créditos e meus comentários para o debate. Sinta-se a vontade para comentar o que achar mais interessante.

Metaverso. Onde você vai viver e trabalhar em breveDe acordo com uma pesquisa da McKinsey o metaverso pode ser um mercado de US$ 5 trilhões até 2030, um cenário que qualquer CEO, até o que eu conversei recentemente vai querer estar. Essa é uma pesquisa de Junho de 2022, e você vai poder tirar a sua conclusão com esses dados, espero, sobre a provocação que faço nesse artigo: O Metaverso é uma realidade?

A pesquisa da McKinsey, aponta para as cinco atividades principais dentro desse universo:

  • Jogos
  • Comércio
  • Socialização
  • Fitness
  • Aprendizado remoto

Dentro dessas cinco macro atividades, as marcas poderão criar o seu universo paralelo para poder gerar experiências imersivas e assim estabelecer uma relação mais forte com seus diversos públicos; desculpe se esse trecho está genérico, mas as possibilidades do Metaverso são infinitas.

A pandemia, que sempre reforço em meus artigos, foi a pior coisa que aconteceu nos últimos anos em todo o planeta, matando milhares de pessoas, entretanto, ela acelerou, principalmente no Brasil a cultura digital e não vai ter volta, logo, o Metaverso é uma realidade tende a ser uma resposta quase que óbvia.

As aulas online, já eram uma realidade há tempos. Desde 2015, eu, por exemplo, dou um curso de planejamento digital na ESPM 100% online, com certeza você já teve ou ministrou aulas no modelo EAD antes dessa porcaria de pandemia.

Com o Metaverso isso será apenas uma extensão, apenas para pegar uma das macro atividades acima citadas, a de aprendizado remoto. Uma escola poderá criar, para ser o mais simples, uma sala para os avatares dos alunos aprenderem e nessa sala passar vídeos em 2 ou 3D de temas relacionados a matéria que está sendo debatida naquele momento, repito, isso para ser a imersão mais simples possível.

“Criação de valor no metaverso”

O relatório analisou as tendências atuais de adoção e que agregou informações de mais duas pesquisas globais, uma feita com consumidores de 11 países e a outra com executivos de empresas de 15 setores diferentes de 10 países, a sua missão era, além de trazer dados mostrar se o Metaverso é uma realidade. Ou não.

O que se verificou foi que 60% de todo o universo de consumidores pesquisados têm preferido fazer no mundo virtual em detrimento do mundo físico pelo menos uma atividade do seu dia a dia e 79% dos consumidores ativos no metaverso já fizeram uma compra.

Agora imagine esse dado daqui 10 anos quando as gerações Alpha e Z estiverem no mercado de trabalho. Por mais que o mundo mude de uma forma cada vez mais rápida, nos, estrategistas pensamos na marca no presente futuro, olhar apenas para hoje é uma miopia enorme.

O relatório apresenta, por exemplo, que apenas de Janeiro a Maio de 2022, mais de US$ 120 bilhões já foram investidos em tecnologia e infraestrutura para o metaverso, mais que o dobro do valor investido durante todo o ano de 2021. O Metaverso é uma realidade? Ainda há dúvida?

Para quem não acredita ainda que o Metaverso é uma realidade, o dado acima pode te deixar um pouco mais confiante sobre o tema, não? Dê uma pesquisada em como a moda está usando o Metaverso, acredito que isso vai deixar você ainda mais confiante sobre esse universo.

Tendências são nosso norte

Se você, assim como eu, é um, ou uma, estrategista de marca, sabe que planejamentos sólidos tem como um dos pilares de defesa as tendências, costumo brincar nas aulas que ministro que planejamento precisa ser vidente para prever o futuro. As tendências são nossa arma para essas previsões.

Segundo o site Mercado&Consumo “com o conhecimento sobre as tendências, o mercado consegue projetar os investimentos e as empresas conseguem estruturar o seu planejamento estratégico para que possam ingressar nesse novo mundo e garantir uma fatia desse mercado promissor,” e é isso mesmo. Muitas empresas apostam em tendências, algumas se dão muito bem, outras nem tanto, mas como diria o saudoso Júlio Ribeiro “mais empresas fecharam por ficar paradas do que as tentaram inovar…”

A matéria do site Mercado&Consumo aponta para “o grande volume financeiro do metaverso estará centralizado no comércio eletrônico, que, segundo o relatório da McKinsey, representará entre US$ 2 trilhões e US$ 2,6 trilhões de todo volume de gastos dentro do metaverso até 2030”; de fato, as vendas online deverão ser um dos pontos principais das estratégias de marca, mas rezo para que não se resuma apenas a isso, como para muitos, as Redes Sociais são: apenas vendas.

O Metaverso é uma realidade

“A pandemia acelerou a fila das inovações tecnológicas. E preparou o terreno criando a cultura do digital. Ele já fazia parte das nossas vidas, mas muito aquém do que temos hoje. E vou além: estamos gostando muito dessa experiência e queremos mais! Nesse momento, estamos como esponjas, absorvendo tudo que ouvimos para colocar em prática no momento oportuno. Existe um alvoroço muito grande na corrida pela inovação, em busca desse consumidor que está aberto para esse novo mundo digital que ele já vem experimentando e aprovando desde que iniciou a pandemia.” Diz Patrícia Bordignon Rodrigues, Diretora de Marketing e Canais da Benkyou.

Os principais autores do relatório e sócios seniores da McKinsey, Lareina Yee e Eric Hazan, apresentaram a sua visão em torno dessa pesquisa: “O que é empolgante é que o metaverso, como a internet, é a próxima plataforma na qual podemos trabalhar, viver, conectar e colaborar.” Para mim, Felipe, isso é uma realidade já, uma vez que temos milhões de pessoas em plataformas como Fortnite, Roblox e Minecraft há algum tempo. O Metaverso é uma realidade? Para mim, está bem claro. E para você?

Duas coisas me empolgaram para escrever o livro sobre Metaverso que sair em Setembro desse ano, foi, primeiro, a minha filha, de 11 anos, que desde os 9 diz que deseja ser arquiteta por causa do Minecraft, e, em Dezembro de 2021 a palestra do Walter Longo, de quem sou muito fã, sobre o tema, ou seja, a visão apresentada por Yee e Hazan tem uma conexão como que, de fato, está ocorrendo nos dias atuais.

Segundo Guilherme Ravache, em um artigo no Portal MIT Technology Review Brasil, “o poder de uma tecnologia ganha relevância à medida que novas conexões se formam entre o que já existe e novas invenções acontecem. Por exemplo, o telefone celular era incrível para realizar ligações. Mas graças à BlackBerry ganhou um novo status ao permitir mandar e-mails (uniu elementos do mobile e da web). Mas foi com a chegada do iPhone e sua tela grande, o aumento da velocidade das conexões de rede e o acesso ao GPS, que levaram os mapas para dentro dos telefones, que permitiu a revolução dos apps, do Uber, passando por todos os apps de entrega, até fazer com que coisas tradicionais como os bancos também migrassem para o mobile à medida que era o lugar onde seus usuários estavam”.

Para mim, Felipe, o Guilherme não está errado, afinal a tecnologia avançou demais nesses últimos anos, muito mais que nas décadas de 80 e 90, por exemplo, mas muito menos do que nos próximos anos, pois quanto mais aprendemos com a tecnologia, mais elas nos ajudam a evoluir e cada vez mais rápido, se antes o Atari era o grande video game dos jovens, hoje, eles jogam em seus smartphones com gráficos infinitamente superiores do que o saudoso Atari.

O Atari aqui não está jogado, é um exemplo de como os games estão inserido no dia a dia das pessoas, há algumas décadas, o Metaverso, ele pode sim ser considerado um game, mas não apenas isso. A sua linguagem é de game, seus gráficos e modo de atuar, tudo é similar a um vídeo game, entretanto, não é apenas um jogo, ou como dito aqui, apenas vendas. O Metaverso é uma realidade? Sim, é, mas quando pensamos em imersão e não apenas uma brincadeira ou um jogo.

CEOs ainda céticos

Como disse acima, eu tive, uma conversa rápida com um importante CEO no Brasil. Ele acredita no Metaverso, mas não para hoje, apesar, repito, da empresa dele já ter cases no universo. Quando perguntei se o Metaverso é uma realidade, ele ficou na dúvida sobre responder, o que vai ao encontro a um dado da pesquisa que motivou esse artigo:

“31% dos executivos ainda estão céticos quanto ao retorno dos investimentos no Metaverso”, o lado bom, é que provavelmente 69% não estão. Não há esse dado na pesquisa, isso é apenas uma visão minha, mas que posso estar errado; o fato é que existem muitas marcas que já estão investindo e faturando dentro das diversas plataformas do Metaverso.

Coca_Cola_ByteCoca-Cola e Amstel, são empresas que tem o Metaverso um pilar tático para suas estratégias de marca. A Coca-Cola, por exemplo, lançou uma lata no Metaverso e depois no mundo físico, o que mostra a visão de uma das, na minha opinião, marcas mais inovadoras quando o assunto é marketing.

O Metaverso é uma realidade? Para mim, acho que ficou claro, a resposta é sim!

Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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