O papel do Metaverso na NRF

O papel do Metaverso na NRF é o que vamos debater nesse artigo. A NRF é sempre uma referencia para os meus artigos, pois trata-se da maior feira de varejo do planeta, onde mais de 35 mil pessoas passam pelos seus 3 dias. 

Ocorre sempre em Nova York e no começo do ano, propositalmente, pois o que é debatido ali, vira agenda do C-Level, além dos times de marketing, comunicação, tecnologia e negócios em todo o planeta.

O Brasil está entre as maiores delegações, sempre. Em 2023, cerca de 10% das pessoas que passaram pela feira, eram do nosso amado país, lembrando que essa é uma feira que recebe pessoas do mundo inteiro, tanto para expor, como para palestrar e também – na sua maioria – para prestigiar e aprender no evento, que conta com palestras de CEOs, CMOs, diretores das maiores empresas do mundo.

Diversos assuntos são debatidos na feira, e esse ano, não foi diferente, porém, para esse artigo eu farei o recorde do que mais me chamou a atenção, o Metaverso, um tema que para muitos é apenas uma tendência passageira, mas que na NRF a visão, graças a Deus, foi outra!

O Metaverso é algo polêmico, e nesse momento, não tinha como ser diferente. Tudo o que é novo gera um debate, dos que acreditam versus os que não acreditam, enquanto os curiosos estão vendo esse debate para tomarem as suas decisões.

Sobre a minha visão do tema? Bem, junto a minha sócia e parceria de vida, Maya Mattiazzo, escrevemos um livro – que está sendo um grande sucesso por sinal – sobre o Metaverso.

O papel do Metaverso na NRF

O portal Mercado e Consumo publicou um artigo bem interessante sobre o que de melhor ocorreu na feira, quando o assunto era Metaverso. O papel do Metaverso na NRF foi mostrar ao mundo que empresas estão investindo bilhões de dólares há alguns anos, e em 2023, não será diferente diante a esse novo universo e, consequentemente, plataforma de conexão de pessoas e marcas. 

ByondXR

Companhia de retail-tech que desenvolveu uma plataforma de e-commerce imersivo para auxiliar marcas, varejistas e atacadistas a criarem lojas virtuais e showrooms no Metaverso, são mais de 33 países com a solução em operação já. A estratégia da solução é criar conexões memoráveis com as marcas, explorando inclusão e acessibilidade.

Quando vejo algumas pessoas dizendo que o Metaverso é uma tendência passageira, eu respeito, mas sinceramente, respeito mais dados como o acima onde já há 33 países com uma solução ganhando dinheiro no Metaverso do que com uma opinião sem tanto embasamento.

A verdade é que no Brasil, estamos ainda na fase de que todos querem fazer, mas o medo de fazer está maior, assim como, no começo dos anos 2000 era o site institucional, porém, como vimos naquela época as empresas que abraçaram o digital se deram, na sua maioria, muito bem.

Rooom

Plataforma baseada para criar e administrar experiências 3D, de realidade aumentada e realidade virtual, os clientes podem configurar os produtos de acordo com as preferências e projetar produtos 3D com realidade aumentada, essa plataforma está presente em 120 países.

Uma coisa que aprendi no mercado é que as grandes empresas têm acesso a pesquisas das mais diversas, portanto, quando investem pesado em alguma coisa é porque tem em mãos dados que as encorajam para isso.

O papel do Metaverso na NRF foi trazer esse debate à tona, principalmente para o Brasil, país que ainda está pensando se deve ou não entrar, enquanto o mundo já entrou.

BigThinx

Plataforma de inteligência artificial focada no varejo de moda e no Metaverso que escaneia o corpo via Mobile, cria os gêmeos digitais, showrooms e a experimentação virtual. Tudo usando o 3D como base. Entre os clientes da BigThinx estão os maiores varejistas do mundo e marcas de moda famosas nos Estados Unidos, Europa e Ásia.

A tecnologia 3D está presente nas 3 plataformas que aqui apresentei, uma coincidência? Obviamente que não! O 3D é a base do Metaverso, e as empresas que desejam entrar precisam ter times especializados nessa tecnologia que a publicidade já usa há muito tempo. 

Roblox vem crescendo 

Ainda estamos vendo o Fortnite como a grande plataforma de Metaverso do mundo, mas assim como um dia a grande Rede Social do mundo foi o Orkut, se o Fortnite não se atualizar e trouxer constantes ferramentas e novidades, vai perder espaço.

Segundo o site GS1, as marcas já estão abrindo os olhos para essa plataforma, uma vez que o termo Metaverso cresceu muito rápido no ano passado, foi o ano em que a palavra foi uma das mais buscadas no Google e eu, Felipe, aposto que esse ano de 2023 vamos falar e realizar ainda mais experiências imersivas nas plataformas disponíveis.

Pelo mundo, hoje, há pelo menos 38 Metaversos disponíveis nos quais as marcas podem ser inseridas, e você não precisa estar em todos, mas pelo menos em alguns, com certeza!

Mesmo que ainda haja muita resistência da grande maioria das empresas, há sempre aquelas mais inovadoras como o caso do Boticário que desde o Carnaval de 2022, quando o assunto ainda estava começando a ser falado, já tinha uma iniciativa que virou um case para inspirar muitas marcas.

Considero esse case o “pontapé inicial” do Metaverso no Brasil, e vejo que o tema Metaverso, tão falado na NRF de 2022 e 2023 está cada dia mais em alta, e podem acreditar o papel do Metaverso na NRF foi fortalecer o universo digital em todo o planeta!

O futuro passa pelo Metaverso

Na palestra da Kate Ancketill, CEO e futurista profissional da consultoria GDR, que acompanhei no domingo, ela foi categórica em afirmar que em 2 ou 3 anos o metaverso irá nos surpreender. 

Eu não duvido em nada disso. Aqui na FM CONSULTORIA, temos recebido algumas sondagens de empresa que desejam entrar no Metaverso, de diversos segmentos, como moda, educação, construção civil, tecnologia e serviços; porém, ainda estamos nos debates…

Tudo o que é novo, assusta!

O mundo está ainda aprendendo o que é Metaverso, por mais que em 2006, o Second Life tenha sido lançado. Na CES, maior feira de tecnologia do mundo, que ocorreu alguns dias antes da NRF o assunto foi apenas Metaverso, eu e a Maya Mattiazzo fizemos uma Live que você pode ver aqui. 

Estamos diante de um cenário em que as marcas estão testando, onde o conceito do Metaverso precisa passar por um processo de amadurecimento e consolidação muito fortes, infelizmente falta coragem no Brasil para ousar no digital que ainda se resume a estratégia de influenciadores e campanha de Google, importantes, mas não são tudo o que podemos fazer no online!

Os insights da feira 

A Web. 3.0 vai tomar o protagonismo, podem apostar nisso, não sou eu falando, um entusiasta na inovação e Metaverso, mas a maior feira de varejo do mundo, onde as tendências nascem e se espalham!

Blockchain, Criptomoedas e NFTs estão cada dia mais em alta. Por mais que as Criptomoedas estejam passando por um delicado momento depois da quebra da …. ela perdeu força, mas não o desejo. NFTs estão cada dia mais em alta e muitos mercados estão criando as suas para fidelizar clientes, não sei como o esporte no Brasil ainda não está de olho nisso. 

Blockchain tem a missão de deixar mais segura as transações não apenas financeiros como de informações sigilosas entre pessoas, e isso estou falando de alguns recursos que ela permite, até mesmo com RFID onde informações sobre produtos podem circular pelos sistemas de dados das empresas sabendo tudo do ciclo de vida daquele produto com muita segurança, já respeitando a LGPD que esse ano não vai dar moleza para as empresas de todos os tamanhos.

3D Commerce

A cada ano, o e-commerce ganha uma nova sigla, uma nova forma de vender, por isso há tempos que eu não acredito mais no e-commerce simplesmente como uma loja virtual, que muitos ainda usam como um catálogo de produtos com o botão comprar, há tempos vivemos a era do varejo digital, onde é fundamental o Omnichannel, a integração dia universos online e offline onde o Metaverso tem um oceano azul de possibilidades.

O papel do Metaverso na NRF é trazer essas possibilidades para o varejo como um todo. Recentemente assisti a um Podcast onde o genial Washington Olivetto dizia que “enquanto não unir o físico e o digital, todos perdem, principalmente as marcas”, e eu acredito no que um dos 100 maiores publicitários da história da propaganda diz.

O 3D-commerce é criar imagens interativas de produtos, as transformando em 3D ampliando a experiência dos usuários. Essa novidade tende a ampliar a conversão por essa experiência, mas como tudo nesse cenário do varejo digital é replicável, logo, essa novidade passa a ser algo comum em pouco tempo e devemos pensar em outras rapidamente.

A Usaflex já está nessa tecnologia. Segundo o portal Sua Franquia, Usaflex vem passando por uma transformação digital e, desta vez a novidade é que as consumidoras poderão navegar pelos ambientes como se estivesse em uma loja física. A tecnologia 3D da nova plataforma de e-commerce, que poderá ser acessada a partir de outubro, tem como objetivo facilitar o acesso dos clientes a toda linha de produtos, conferir os lançamentos e, ao mesmo tempo realizar suas compras com segurança. “Acreditamos que a transformação digital é uma importante alavanca da companhia. Esse processo de digitalização passa pela aceleração e crescimento do nosso e-commerce, aumenta nossa penetração no OMNI, digitaliza nossas franquias e fortalece o nosso CORE, que é a criação de calçados confortáveis. O mercado e nossos clientes estão cada vez mais digitais e estamos acompanhando esse movimento”, diz Lucas Neves, diretor-digital da Usaflex.

O lado que conecta essa experiência ao Metaverso, é que lá tudo é 3D, então os produtos a serem vendidos se encaixam nos cenários do Metaverso de uma forma nativa, fazendo parte daquele universo sem simplesmente ser uma venda, o que faz com que produtos se tornem parte do dia a dia dos Avatares e com isso ampliem a chance de serem comprados por esses Avatares.

Para Eduardo Terra, da BTR Educação e Consultoria, “trata-se de uma agenda mais viável do que o metaverso e que melhora substancialmente a conversão. Ao analisar a tendência abordada na NRF 2023, Terra mencionou o estudo da Alpha 3D, que aponta que 61% dos consumidores nos EUA preferem comprar de marcas que oferecem recursos de AR- Augmented Reality e VR – Virtual Reality”.

A pergunta que fica é: você ainda acha que o Metaverso é uma brincadeira ou algo passageiro?