
O papel do planejamento mudou?
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1 de abril de 2025Storytelling é conexão entre pessoas e marcas. Quem não gosta de uma boa história? Dificilmente vamos encontrar uma pessoa que não goste de uma história, quer fazer o teste? Chegue em um grupo de pessoas e diga “você sabe porque a música Marvin tem esse nome?”
Faça qualquer pergunta aleatória e veja a reação das pessoas… e se você quer saber, Marvin é uma versão de uma versão de uma música chamada Patches, de Clarence Carter, de 1970 que Sérgio Brito e Nando Reis transformaram em Marvin.
Na versão original é uma mulher; já na versão dos Titãs o personagem é um homem que ganha esse nome porque no ano em que Sérgio e Nando criaram a música, 1984, o canto Marvin Gaye faleceu e o personagem principal da música ganhou esse nome em homenagem ao músico americano.
Já comecei com uma história para me conectar a você, mas prometo, a partir de agora vamos focar esse texto no marketing e como usar essa estratégia de histórias para engajar seu público., afinal Storytelling é conexão entre pessoas e marcas. Há muitos livros que abordam esse tema, gosto muito dos livros do Paulo Maccedo e os recomento aqui.
Esse artigo é criado baseado em 2 fontes: a primeira de uma matéria do Meio&Mensagem com uma entrevista com o astro de Hollywood, Ben Stiller; outro de uma aula que dei para a Guia-se, em 2024, no MBA que eu coordenava com eles. A franquia de marketing digital, com mais de 20 anos de mercado teve por 2 anos um MBA muito interessante para os franqueados onde trouxemos pessoas muito fora da curva do mercado para ensinar sobre diversos temas.. e olha eu aqui contando outra história. A
Contamos histórias e nem percebemos
Já notou isso? A gente está o dia todo contando uma história, na verdade contamos pequenas histórias o tempo todo, seja para a sua esposa sobre o seu dia de trabalho, para seu marido sobre uma reunião importante que você com um cliente, seja para seus filhos dormir, e nem sempre a história precisa ser enorme, a história do MBA da Guia-se contei em pouco mais de 3 linhas, por exemplo.
Segundo um estudo feito pelo psicólogo Jerome Bruner, “a probabilidade de lembrarmos de algo que nos foi contado a partir de histórias é cerca de 22 vezes maior do que quando recebemos somente uma informação genérica, ou seja, contar histórias muda tudo”, ou seja, você tem 22 vezes mais chance de entender a história do Marvin, pois lhe contei, do que simplesmente ter lido ela em um Tweet aleatório em um domingo pela manhã.
Já para Brian Honigman, CEO da Honigman Media, “contar histórias sempre foi parte do trabalho de marketing, mas nunca antes havia sido tão crucial para a continuidade do sucesso de uma empresa”, e isso é uma grande verdade.
Quem gosta de séries, indico uma chamada Madame CJ Walker, na Netflix. Eu mesmo já vi 3 vezes essa série de 4 capítulos, cada um com 45 minutos, ou seja, facilmente assistido em uma tarde de sábado com um balde de pipoca de um lado, um copo de Coca-Cola na outra, debaixo das cobertas com a pessoa amada.
Neste seriado, CJ Walker dá uma aula de marketing, quando essa palavra nem existia. Se trata de uma humilde negra americana que com muito Storytelling se tornou a mulher mais rica dos EUA, com uma formula “mágica” para o cabelo das mulheres negras. Pronto, o que eu poderia falar dessa série eu falei, agora é com você.
Histórias dão sentido e causam efeito
No lugar mais importante para o marketing: o cérebro humano. É lá que as marcas precisam estar sempre muito bem posicionadas, por isso, a palavra posicionamento é tão importante no marketing, mas esse é o tema para outro artigo – e inclusive tem alguns aqui no meu site – mas por hora vamos focar em Storytelling é conexão.
Você sabia que pessoas compram histórias que as marcas lhes contam? É uma verdade, mas como nem tudo é fácil, se a historia não levar o consumidor para um lugar perto da realidade dele, não vai persuadir. Acho muito legal a história da Ferrari, uma marca maravilhosa de carros, mas está longe da minha realidade, porém, a Mercedes-Benz está muito mais próxima.
Claro que eu desejo a Ferrari, já viu a história que ela conta? De luxo, elegância, performance e principalmente aquela palavra que muda o mundo: desejo! Quem é mal visto tendo uma Ferrari?
“O bom storytelling sempre reside na conexão emocional”, diz Ben Stiller e o astro norte americano tem muita razão. Histórias conectam, por isso, falamos que Storytelling é conexão, e é isso que as marcas querem, no final do dia, com as pessoas, querem se conectar à elas de uma forma única, afinal, sabemos, que ama, não trai.
Stiller contou no South by Southwest (SXSW), é o diretor de Ruptura, uma produção original da Apple TV+, a série conta a história de funcionários cujas memórias foram isoladas em duas partes: a da vida profissional e a da vida pessoal, e onde ele aborda sobre o Storytelling.
Eu por exemplo, sou um grande fã da marca Montblanc. Já tive caneta de outra marca? Claro, Hugo Boss por exemplo, mas não adianta, quando penso em caneta, a Montblanc é sempre a minha favorita, e isso ampliou minhas compras na marca, como caderno, perfume, estojo e óculos.
E a sua história com uma marca? Como ela é? Perceba, mais uma vez eu contei uma história curta e direta neste artigo. E por que? Para fixar na sua mente que Storytelling é conexão e não precisamos de um longa metragem para isso, as vezes, um Tweet já é o suficiente.
Vivemos a era da atenção
Já vimos essa frase várias vezes, mas ela é uma realidade. Está cada vez mais difícil os seres humanos disputar atenção com o celular. Quantas vezes, você não se irrita ao estar em uma mesa e ver todo mundo no celular não dando a menor bola para o que você está falando?
Pois é, as marcas passam por isso. Segundo Stiller é cada vez mais “desafiadora a missão de criar algo que prenda a atenção das pessoas, porém reconhecem, na mesma medida, que a quantidade de conteúdo gerada pelas pessoas – como, por exemplo, os podcasts. Para inovar, não podemos ser iguais a todo mundo. Tentamos nos arriscar e, para conseguir fazer isso, temos de nos cercar de pessoas ótimas”, segundo a entrevista que ele concedeu no SXSW que o Meio&Mensagem trouxe para conhecimento de todos.
Histórias chamam a atenção. Meu querido amigo Roberto Shinyashiki me ensinou sempre que começar uma aula ou palestra, começar com uma real história de vida, e lendo sobre Storytelling entendi que emoções baseadas em verdades humanas é o que mais gera conexões, ou seja, você ainda duvida que Storytelling é conexão? Eu estou cada dia mais convencido, e por isso estou escrevendo esse texto.
Superação. A palavra que conecta as pessoas
Sem dúvida essa palavra faz todo o sentido para a vida das pessoas, afinal, quem nunca teve uma história de superação. Quem nunca teve uma separação de um relacionamento? Quem nunca foi demitido de um emprego? Quem nunca se frustrou com um carro? Problemas nós temos diariamente e precisamos resolver.
Novamente falando do Roberto Shinyashiki, em seu livro “Problemas, Oba” – livro que todo mundo que trabalha no varejo deveria ler – ele fala sobre como as empresas contratam pessoas para resolver problemas; nós do marketing, achamos que somos contratados para elevar vendas, como se esse fosse o único problema da empresa, ledo engano, nós somos contratados para resolver vários problemas, que no final do dia vão ajudar a aumentar as vendas.
O Storytelling mostra que as histórias de superação de obstáculos proporcionam um arco dramático para a narrativa que contamos ao mundo, Nada chama mais a atenção do que revelar experiencias pessoais, no caso das marcas, humanizar a marca pode gerar um poderoso efeito ao mostrar que as marcas também falham, ou seja, mais uma vez, vale o reforço: Storytelling é conexão!
Quando marcas e pessoas se conectam, o casamento fica quase perfeito. Nem apenas de vendas vive essa relação; eu posso não ter dinheiro para comprar a Montblanc Ferrari, mas vou defender esse produto com tanto amor, que fatalmente, as pessoas que me seguem e estavam com dúvidas se comprariam ou não, vão olhar com outros olhos e podem até comprar; além disso, se eu contar uma boa história da marca, como a Oprah Winfrey construiu a sua carreira, as chances aumentam.
Storytelling é conexão
A apresentadora Oprah Winfrey começava a sua narrativa de uma forma simples, ajudando as pessoas a se identificar com as histórias e depois transformava a experiência em lição; já Paulo Maccedo, já citado aqui, acredita que “todo o cliente é o herói da sua própria história, ele toma decisões alinhadas com a história que está contando para si mesmo, por isso, clientes não compram de marcas, mas compram de si mesmos”; ou seja Storytelling é conexão onde as marcas precisam se posicionar como amigas das pessoas ajudando-as a resolver seus problemas e seus desejos.
Parece simples, escrevendo e falando até soa como algo comum de ser feito, mas se você acredita mesmo que Storytelling é conexão, então, sugiro começar a entender que contar história de marca não é do dia para a noite e nem pro meio de alguns posts no Instagram, sugiro você pensar no que vai além disso!