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22 de julho de 2024Account Sorts
6 de agosto de 2024A loja física importa. Mesmo com o crescimento do universo digital, estamos no Brasil, onde as pessoas gostam de olho no olho. Não há a menor sombra de dúvidas de que o digital é a grande mídia no Brasil hoje. Para tudo. Aliás, vou passar um dado interessante aqui.
O jornalista Ricardo Feltrin, em seu canal no começo de maio, falou sobre a saída da Melissa Vogel, que, depois de 28 anos, deixou o cargo de CEO da Kantar Ibope Media, a mais respeitada empresa de mensuração de mídia no Brasil, com foco na TV aberta e paga, que estão ligadas dentro das casas das pessoas.
O tempo gasto diante de um vídeo é a grande mensuração que a empresa faz hoje, o que faz mais sentido para os anunciantes. Quanto mais as pessoas ficam na tela, mais eles vão investir para impactar as pessoas que têm o perfil de compra do seu produto. Até aqui, nada de novo.
Segundo Feltrin, Melissa teve a ideia de incluir as plataformas de vídeo, como o YouTube, na medição, mostrando o crescimento da plataforma. Segundo dados apresentados por Feltrin no vídeo, a Globo tem 32,6% de share (a cada 100 aparelhos ligados, 32,6 estão na emissora carioca) e o YouTube já tem 18% desse share, colocando a plataforma de vídeos do Google em 2º lugar, à frente de emissoras tradicionais como Record, SBT e Band, e muito acima de todas as emissoras presentes nos pacotes das TVs a cabo.
Como Globo e YouTube juntos somam 50,6%, Feltrin avalia que o YouTube tem mais share do que as emissoras acima citadas, mesmo somando o share de todas elas. O TikTok, por exemplo, aparece à frente do SBT nessa nova medição.
Internet vai passar a TV
Esses dados mostram o poder da Internet e, em poucos anos, veremos ela ainda mais poderosa, concentrando os maiores investimentos de mídia. Algo que hoje ainda é dominado pela TV, mas com os rumos que estamos vendo na TV atualmente, não será nenhuma surpresa quando a Internet superar a TV em investimentos de mídia.
Entretanto, este artigo que escrevo é baseado no estudo “Tendências de Consumidores“, da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, ao qual tive acesso. Vou compartilhar alguns insights comentados aqui, como sempre faço quando tenho acesso a algum estudo, esse estudo mostra que a loja física importa, e muito, no processo de compra das pessoas.
Eu tenho, e não é de hoje, uma teoria de que o site é o porto seguro das pessoas. O consumidor é impactado por campanhas em diversos veículos, como TV, rádio, jornal, revista e internet, com seus diversos canais como sites e redes sociais, por exemplo, mas é no site que as pessoas vão entrar para pesquisar mais sobre produtos, serviços e preços. Essa teoria me acompanha há um bom tempo e fiquei feliz ao ler que 60% das pessoas pesquisam em sites sobre os produtos e preços que desejam.
Cresce a busca mobile
Outro dado interessante: 51% das pessoas buscam informações pelo celular. Logo, um site que não tem um design responsivo é um enorme erro.
Em 2015, o Google já penalizava sites sem design responsivo e, pasmem, em 2024 ainda há grandes empresas cujos sites não são desenhados para o mobile. “Mobile First” é um termo que virou moda em 2015, mas que parece ter caído de moda bem rápido, espero que o conceito a loja física importa fique mais tempo na mente de todos os gestores.
Está tudo certo essa paixão pelas redes sociais, especialmente Instagram e TikTok. Não há problema em usar essas poderosas ferramentas. O problema é que a paixão às vezes nos cega, e fechar os olhos para outros canais digitais, como o site, por exemplo, é um tremendo erro. Não é a opinião do Felipe, é pesquisa, são dados. Contra dados, não há argumentos, concorda?
Para 54% das pessoas, testar os produtos nas lojas físicas é importante.
A Polishop viu essa tendência há alguns anos e, com muito sucesso, a desenvolveu e cresceu no mercado, tornando-se uma referência no varejo. Hoje, com problemas, alguns podem ler este artigo e dizer que não deu tão certo, mas a história e os bilhões faturados mostram que deu certo sim.
Redes Sociais não são catálogos virtuais
Cerca de 49% das pessoas usam as redes sociais e sites de avaliação de produtos antes de efetuar uma compra.
Isso não significa, nem de longe, que você deve encher seu Instagram de imagens de produtos e promoções. O Instagram não é um catálogo de vendas; é uma ferramenta de posicionamento de marca, relacionamento e educação de produtos e serviços para as pessoas consultarem.
A pesquisa mostra que 75% das pessoas ouvidas seguem as empresas das quais costumam comprar no perfil delas no Instagram, sendo essa atualmente a principal rede social do Brasil.
Prova social, ou seja, os depoimentos verdadeiros das pessoas comuns, são muito importantes, pois 79% das pessoas avaliam isso como um fator de compra, ao passo que 65% também preferem ouvir, além das pessoas comuns, influenciadores e especialistas.
Vídeos são importantes, e recomendo usar essa forma de conteúdo para a prova social, pois a pesquisa aponta que o YouTube é o aplicativo de preferência de 60% dos consumidores para acompanhar as marcas de sua preferência, enquanto 50% seguem a companhia pelo Facebook. Pois é, o Facebook perdeu força, mas não morreu! A loja física importa é um conceito que debato aqui nesse artigo e conecto com as lojas físicas pois hoje o mundo está muito mais omnichannel do que nunca. E isso só vai crescer.
As lojas virtuais são fundamentais na jornada de compra.
Segundo a pesquisa, os consumidores valorizam as plataformas de comércio eletrônico que oferecem informações claras sobre o produto oferecido.
Isso não é apenas uma foto bonita ou algumas frases sobre o produto, é informação de qualidade. Aliás, quanto mais textos, mais o SEO do site pode ser beneficiado, mas é preciso um estudo de usabilidade para os textos, pois muito texto as pessoas também não leem e se perdem.
A loja física importa
Por outro lado, por mais que se tenha tentado, e não só uma, mas várias vezes, matar as lojas físicas, elas ainda são as preferidas dos brasileiros, porém, aquelas que oferecem uma boa experiência em todos os pontos. Aqui puxo a sardinha para o meu lado, de branding Afinal, o branding é a gestão de todos os pontos de contato da marca com os consumidores.
Uma boa experiência passa por um atendimento impecável, ou seja, que seja uma consultoria e não um desespero por vendas. Os cinco sentidos devem ser trabalhados; o livro “Brand Sense”, de Martin Lindstrom, explica como fazer. O mesmo preço na loja online e física faz a diferença e hoje não há mais aquele mito de que ter uma loja online é mais barato que a offline. Faz tempo que isso não é mais assim.
A loja física importa é algo que precisa ser pensado, pesquise mais sobre experiências em pontos físicos, isso fará a diferença no seu negócio.
O que o futuro nos reserva?
Finalizo este artigo com um dado futurista da pesquisa. Para quem, como eu, trabalha com estratégia, planejamento e branding, devemos sempre olhar para o hoje, pensando no amanhã sem esquecer do ontem. Portanto, a palavra “tendência” deve permear a sua vida todos os dias. O estudo aponta o que as pessoas esperam para o futuro:
- Acesso ao código de barras do produto para acessar todas as informações diretamente pelo celular.
- Acesso a terminais inteligentes com informações detalhadas sobre os produtos, desde a origem, rastreabilidade e a forma correta de descarte.
- Disponibilidade total dos produtos online.
Sua marca está preparada para trabalhar com esse momento do consumidor?
Essa é uma pergunta que você precisa se fazer depois de ler tudo isso aqui. Espero que seu cérebro esteja pegando fogo!