O que as marcas precisam fazer no Metaverso?

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O que as marcas precisam fazer no Metaverso? Essa é uma pergunta constante que recebemos aqui na FM CONSULTORIA, e acredito que com o nosso livro sobre Metaverso, escrito por mim e pela Maya Mattiazzo, possamos esclarecer esse tema para todos, mas esse artigo abaixo não é uma pegadinha para você comprar o livro, mas sim um pouco da minha visão sobre o que está vindo por ai.

Recentemente, no Jornal Meio&Mensagem,  Sebastian Borget, CCO The Sandbox e presidente do Blockchain Game Alliance, concedeu uma entrevista, a qual me inspirou a escrever esse artigo, que não é apenas um copiar e colar do que o jornal publicou, aliás, é sua obrigação como profissional de marketing assinar esse jornal.

O que você vai ler abaixo são alguns insights que Borget disse na entrevista, comentados por mim, colocando a minha visão e quando possível, trazendo cases e outras visões que colaborem para aquilo que eu pretendo passar, sendo essa a minha visão e opinião, se será a certa, depende, se eu posso mudar, acredito que sim, mas por hora é o que eu penso.

Como será a publicidade no Metaverso?

Está ai um tema que todo o publicitário quer saber, mas desde já eu afirmo, que para mim, o Metaverso está longe de ser mais um canal de mídia. Muitos profissionais de publicidade acreditam que as Redes Sociais são apenas canais de mídia, o que na minha humilde visão é um enorme erro!

As Redes Sociais, para alguns, é um passo antes do Metaverso, pois foi lá que as pessoas começaram a ter uma vida que desejam, mas não tem. No Instagram todo mundo é feliz, no LinkedIn todo mundo é excelente profissional e um emprego de sucesso, no Facebook todo mundo é especialista em tudo, certo? Pois é, no Metaverso isso ocorre também, de uma forma mais evoluída, pois lá os avatares podem ter o tênis da Nike que as pessoas reais não podem.

Tudo isso parece uma grande loucura, mas quando se está imerso no Metaverso isso é muito comum. O paralelo entre Redes Sociais e Metaverso faz todo o sentido, pois em ambos as pessoas vivem um mundo de sonhos, o que elas desejam ser, nem sempre o que realmente são, e é nesse momento que a publicidade entra em cena.

A essência do marketing não é vender, mas sim, despertar o desejo pelo consumo. Segundo o meu querido amigo Fernando Kimura, em uma das suas brilhantes palestras, “o desejo é o que move as pessoas, o desejo de ser, estar, pertencer e adquirir” e é essa palavra que movimenta bilhões de reais por ano no mundo capitalista que vivemos.

Na pergunta o que as marcas precisam fazer no Metaverso? Sebastian Borget, CCO The Sandbox,  aponta para que a publicidade não seja mais do mesmo no ambiente do Metaverso: “The Sandbox encoraja a publicidade ser muito mais criativa, usando conteúdo fluido e nativo, portais e outras coisas próprias ao Metaverso para tornar o universo um destino divertido e interativo e que convide os usuários a participar da experiência sem ser agressivo com eles”.

E sejamos sinceros, o Brasil sempre esteve entre os países mais criativos de todo o planeta, então está na hora de parar de lacrar, parar de pensar apenas em influenciadores e performance e voltarmos aos tempos de ouro da propaganda brasileira, deixando que a nossa criatividade seja mais importante do que a plataforma.

Borget ainda reforça em sua entrevista ao Meio&Mensagem: “as marcas devem ser criativas ao entrar no Metaverso, se reinventar enquanto marca e dar valor ao usuário, providenciando a eles ferramentas para que possam ter acesso a coisas que eles fazem no mundo real ou que importem a eles”.

Comunidades são importantes

No começo de Novembro, o apresentador e humorista Danilo Gentili foi no Podcast Flow e contou a sua ideia de iniciativa para o Metaverso, segundo o apresentador, ele está criando uma comunidade para depois dar inicio ao seu projeto, que deve começar com NFTs da sua “campanha presidencial” que vai dar inicio a uma cidade no Metaverso, onde ele vai ser o presidente e as pessoas vão ajudar a comandar a cidade.

Para quem não se lembra, há alguns meses houve um rumor de que ele seria candidato a presidência da república, o que não passou de uma notícia sem a menor verdade, virou, na mente genial de Gentili uma grande brincadeira por meses nas Redes Sociais, onde ele realmente embarcou na história, e hoje, ele está expandindo para o Metaverso.

“As marcas precisam criar suas comunidades e cocriar com usuários e outros criadores de conteúdo com o intuito de recompensar pelo tempo e atenção deles. O Metaverso é essencialmente construído pelos criadores de conteúdo. Meta e Instagram anunciaram a integração com NFTs e disseram que deixarão os usuários explorarem ou criarem NFTs”, afirma o COO da The Sandbox.

O que as marcas precisam fazer no Metaverso?

O primeiro passo é entender o que a sua marca é, o que ela tem de propósito, qual o caminho a seguir. Criar a proposta de valor da marca no Metaverso é fundamental. Aqui na FM CONSULTORIA, usamos uma metodologia proprietária chamada Brand Canvas, onde já fechamos uma parceria com a Guttemberg Ventures para criar essa metodologia para marcas que desejam entrar no Metaverso e não sabem como. Tanto eu, Felipe, com a minha sócia, Maya, estamos nos especializando no pensamento estratégico para responder a principal dúvida de hoje das marcas: “mas como eu entro no Metaverso”? 

Para Borget “a principal estratégia é engajar o usuário com o poder de monetizar cada um, ensinar um padrão para que eles estejam sempre entrando, e assim, descubram sempre uma novidade e avancem na experiência. Oferecer conteúdo e experiência está entre os maiores desafios para atrair a atenção do usuário que façam sentido no Metaverso”.

Engajamento é a palavra que rege o marketing digital em todo o planeta e não apenas no Brasil, mas vamos reforçar, que engajamento está longe de ser curtidas e likes, isso não engajamento, é métrica da vaidade, o que ainda, tem muitos anunciantes que aplaudem quando as ações de Redes Sociais compram seguidores e likes, mas que no fim do dia o ponteiro do financeiro não sobe.

Lembre-se, que mais do que agradar o CMO, está na hora de olharmos com carinho e agradar o CFO, que no fim do dia é quem assina os pagamentos e com isso é quem pode dar a ordem para cortar, ou não, os serviços contratados pela sua empresa, que, pode no caso ser o seu emprego ou a sua agência / consultoria. Pense nisso.

Não estou puxando a sardinha para o meu lado, por eu ser uma pessoa de planejamento de comunicação e marca, mas sem um plano claro, com objetivos claros e alcançáveis, um estudo de concorrência, uma estratégia que seja aderente ao público e um profundo estudo das plataformas do Metaverso que a marca poderá entrar, sue projeto tem uma enorme chance de dar muito errado!

Planejar não é a certeza do sucesso  

Mas não planejar é a certeza do fracasso. Tenha isso em mente, sempre, foi algo que aprendi ao longo da carreira, na teoria e principalmente na prática. Já vi agência torrar 150 mil reais e no final ter 10 acessos ao site e 4 novos seguidores na página do Facebook. 

O que as marcas precisam fazer no Metaverso? Comece por entender o perfil do seu público. Acima eu fiz uma lista do que precisa ser analisado como objetivo, mercado, concorrência e não falei de pessoas, de propósito, pois a ideia era falar aqui, encerrando esse artigo mostrando que se você não entender a fundo o que a sua marca é, versus, o que as pessoas esperam dela, nenhuma comunicação vai dar certo, nem mesmo no Metaverso, e claro, depois ficará mais fácil colocar a culpa no Metaverso, não é mesmo?

O último insight da entrevista de Borget, que capturei para esse artigo, é “Metaverso não é um game, ele tem o poder de interagir com múltiplos aspectos da cultura e do entretenimento”, para muitos ele pode ser visto como um game, e até dá para trazer recursos de gameficação para esse universo, mas o mais importante é a interação, o que para mim, sempre foi a base da Internet, desde que as pessoas entravam no chat do UOL para conversar e conhecer outras pessoas, no final do anos 90.

No livro “Metaverso, o que é, como entrar e por que explorar um universo que já fatura bilhõeseu e a Maya usamos muito o filme Jogador Número 1, de Steven Spielberg, como base para a nossa tese, descrita em detalhes no livro, lá falamos do poder do game como plataforma no Metaverso, que inclusive, com a soma de NFTs e Criptomoedas tende a trazer todo esse universo de uma das industrias mais lucrativas do mundo, os games, e para finalizar, uma boa notícia para você: o Brasil é um dos pais que mais jogam e gastam com games no mundo.

O que as marcas precisam fazer no Metaverso é uma resposta que esse artigo teve a missão de responder, mas como sempre, aconselho você a ler muito sobre esse tema, um dos mais falados em 2022 no universo de marketing, tecnologia e branding.

Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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