As 10 lições que Madame CJ Wlaker nos ensina sobre marketing é uma aula de marketing para quem atua na área. Leia o artigo para saber mais.
Se você trabalha com marketing e ainda não viu Self Made, pare tudo o que você está fazendo e assista! Fica apenas esse recado! E vou aqui explicar porquê, afinal, esse é um resumo de um estudo que publiquei recentemente no LinkedIn sobre a minha visão do que podemos aprender, em termos de marketing, nessa série. Vale lembrar, que ela se passa entre 1890 e 1915, quando o termo marketing nem sonhava em existir, mas Madame CJ Walker já usava técnicas, que depois, ficariam conhecidas como Storytelling, por exemplo. O seriado está di
SELF MADE é uma séria baseada na historia de Sarah Breedlove (foto) que estreiou no Netflix em Março de 2020. Sarah Breedlove (1867-1919), nome de batismo da futura “Madam C.J Wlaker”, nasceu 2 anos depois que a escravidão havia sido abolida no Estados Unidos, sendo a primeira dos 5 irmãos, a nascer depois da abolição. Sarah conheceu e se casou com Charles Joseph Walker, publicitário e desenhista. Foi das que surgiu seu nome: C.J.Walker.
Madame veio depois, graças a uma briga com sua rival, Addie. que é quem cuida de Sarah e ensina sobre o medicamento para cabelos.
Sarah tem mais sucesso que Addie, que por ciúmes tenta acabar com a rival. Nessa briga, Addie, tenta menosprezar Sarah a chamando de madame, mas Sarah, já como CJ Wlaker, decide adotar o madame.
Madame CJ Walker é considerada a primeira mulher negra que enriqueceu por contra própria nos Estados Unidos. De uma simples lavadeira de roupas, ela se tornou milionária desenvolvendo e criando produtos para cabelo da mulher negra. Octavia Spencer é a atriz que dá vida a C.J.Walker na série. Aliás, que show que a atriz dá!
Dizem que todo o empreendedor cria uma empresa para resolver um problema, que muitas vezes, é o seu problema ou algo que identificou no mercado. No caso da Sarah, ela enfrentava muitos problemas com o seu próprio cabelo e entendeu que, muitas mulheres negras poderiam passar pelo mesmo problema.
Como a escravidão nos EUA havia acabado a poucos anos, os negros tinham pouco tempo de liberdade e só conseguiam empregos que pagavam muito pouco, logo, vender produtos para negros não será tão promissor, além, claro, do alto preconceito que existia com os negros naquela época.
Enquanto a Sarah gritava os apelos básicos, nenhuma mulher parava perto de sua pequena barraca. Era gritos aos ventos, porém, depois algum tempo, uma jovem parou, dizendo já ter ouvido falar daquele produto e queria saber mais. Quando essa jovem para em frente a Sarah, outras instintivamente se viraram para saber o que estava acontecendo, mas ainda sem muito interesse, porém a atenção havia sido chamada.
Você jamais saberá se é bom em alguma coisa, se não testar. Sem Addie saber, Sarah testou seu poder de vendas. Testou apelos para chamar a atenção, até que achou o que tocava o coração das pessoas. Lição: Empreendedorismo.
Quando chegou a feira, Sarah começa a gritar apelos que não se conectam com as clientes. Coisas como “você tem caspa”? Ou “quer ter um cabelo bonito” apelos que não dizem nada. Quando ela começa a contar a sua história, o jogo muda. Lição: Storytelling.
Ela não diz que aquele elixir, seu medicamento, é um milagre, mas que o que ele fará na auto estima da mulher. Ela conquista o coração da cliente e não o seu bolso. Hoje, muito se fala em não vender produto, mas sonhos. Ela fez isso em 1890! Lição: Emponderar.
Sarah traz a sua filha como teste e ouve o que a filha quer no produto para ter o cabelo bonito e poder se divertir dançando com seu namorado. Sarah entende que seu produto traz felicidade, além de empoderamento, para as mulheres. Lição: Co-criação.
As mulheres querem ser o que elas quiserem ser! A mulher negra não quer ser uma branca linda, ela quer ser uma negra linda. O erro de Addie era achar que a mulher negra queria ser como ela, que era uma mulher branca, Madame CJ Wlaker entendeu e trabalhou isso. Lição: Pesquisa de comportamentos.
Sarah entende o perfil da sua consumidora, e então ela posiciona a sua marca em um mercado que não havia sido explorado, mas com enorme potencial, de empoderar as negras, esse era o diferencial da sua marca. Não era vender produto, era vender a oportunidade. Lição: posicionamento de marca.
C.J.Walker, constrói uma empresa baseada no que a marca poderia oferecer pelas mulheres, uma promessa clara e direta. Não era ter um cabelo bonito, mas sim, ter uma melhor auto estima, por ter um cabelo bem tratado e com isso conquistar seus sonhos. Lição: Promessa.
Graças a esse propósito, Madam treina um verdadeiro exercito de mulheres, que distribuídas pelos Estados Unidos começam a oferecer o seu produto. Já começava pelo exemplo: mulheres que vendiam o produto, já eram mulheres que tinham a sua independência financeira e poderiam realizar seus sonhos. Lição: Propósito claro e aplicado.
Quando houve um pequeno conflito na convenção de vendas da marca, na casa da Madame CJ Wlaker, ela aplica o propósito quando essas reivindicam algo que poderia prejudicar a vida de cada uma delas. A missão de ajudar as mulheres se mantém durante uma crise. Lição: Missão clara da empresa.
Ela era, até então, a sua própria marca, que anos depois, virou C.J.Walker. Isso faz sentido para a empresa quando a marca é o reflexo do seu, ou sua, fundador(a). Lição: Verdade.
Vale a pena você saber como as marcas precisam ser geridas nos próximos anos, muito, baseado no aprendizado que esse seriado traz.