Inbound marketing como estratégia é fundamental para uma boa presença digital de marca, entretanto, para quem acredita que inbound marketing é apenas criar uma landing page para baixar um e-book, está redondamente enganado, é como achar que Redes Sociais são apenas vendas.
Segundo a HubSpot, “inbound marketing é criar relacionamentos individualizados que causem impactos duradouros com quem se deseja relacionar com as marcas”. Vamos fazer uma breve reflexão. Quando que um e-book com um assunto abrangente – tem que ser assim – pode ser um canal de relacionamento individual? Quando um email automático de agradecimento pode ser uma relação um a um? Quando um texto “Formula do Lançamento” de “olá, analisamos a sua empresa e entendemos ter uma conexão…” sendo que a pessoa baixou o e-book usando seu Gmail? Só se o “formuleiro” achar que a pessoa trabalha no Google, né?
Para criar uma boa ação inbound marketing é trabalhar o funil de conversão, com o mesmo peso e esforços em cada etapa.Inbound marketing como estratégia, precisa passar por pensamentos e pesquisas. É preciso saber que uma estratégia eficiente passa por atrair, engajar e encantar. E repetir constantemente. Esse funil está inteiramente ligado a jornada do consumidor, onde ele passa por:
Momento em que o consumidor conhece a marca ou produto. Nesse momento o e-book acima mencionado se faz muito importante, mas um site é mais ainda. O site é sempre o “Porto Seguro” do usuário é lá que ele vai realmente decidir sobre uma compra, sendo fundamental para os próximos passos, como consideração e tomada de decisão, que veremos a seguir.
Momento em que o consumidor está analisando marcas e produtos similares. Ele entrou no seu site, mas também na concorrência e sites multimarcas. Ele já viu seu produto, seja pesquisando no Google, seja impactado por uma campanha no Instagram ou Facebook, ou até, um comentário positivo no Twitter. O consumidor vai analisar preço, qualidade e reviews. E não ache que ele fará isso apenas em compras de grande valor como um carro, viagem ou apartamento, ele fará isso com um restaurante para ir com a esposa, com uma lapiseira para um novo trabalho ou mesmo uma calça jeans para uma festa.
Finalmente, ele vai comprar. Esse é o momento mais esperado. Quanto melhor for a experiência, mais fácil a decisão ser na sua marca. Experiência não é apenas o e-book, é um site com conteúdo, é um chatbot competente que responde o que ele precisa, é um produto de qualidade, são boas recomendações no site e nas Redes Sociais, é o preço, é a logística de entrega e principalmente, é a confiança do consumidor de que aquele produto realmente resolve o seu problema. Inbound marketing como estratégia ajuda nessa tomada de decisão.
Inbound marketing como estratégia tem como foco entender pessoas.
No momento acima citei muito sobre consumidor, mas quem é ele realmente? Esse é o primeiro passo para qualquer ação de marketing. Partimos do princípio de que as marcas sabem quem são seus consumidores, ou seja, sabe o perfil de quem compra seus produtos, ao menos é o que aprendemos na faculdade, mas na prática, infelizmente não é bem assim. Cada vez mais, me deparo com profissionais de marketing que não tem a menor ideia de quem compra seu produto, mas temos 2 momentos para analisar isso.
Qual o perfil do consumidor da Coca-Cola? Da Chevrolet? Da Bic? Difícil achar um perfil quando o produto tem vários perfis. A Coca-Cola, por exemplo, é o considerada o produto mais sociável do mundo. Jeff Bezos, Elon Musk, Bill Gates, os homens mais ricos do mundo, tomam a mesma Coca-Cola que eu e você. A Chevrolet tem carros que vão de 50 a 300 mil reais.
A Bic pode ser usada pelo estagiário ao presidente da empresa. Produtos assim, a estratégia é fortalecer marca e não consumidor, pois é complicado definir um perfil que pode ir de 8 a 80, classe ABCDE, homens, mulheres e pertencentes a comunidade LGBT.
Na moda é mais fácil ver isso. A VR Collezione tem um perfil de homens que compram seu produto, afinal, é um produto caro para um executivo. A Gucci, tem o mesmo posicionamento, mas para a mulher, que a VR, são roupas de muita qualidade, caras e com uma marca de peso. Fica mais simples definir as Buyers Personas nesse momento.
Inbound marketing como estratégia é entender se seu produto é nicho, qual mercado atua e para quem vende, ou ele é de massa e passa pelas mesmas perguntas.
Coloquei os exemplos acima para mostrar que construir a Buyer Persona é preciso, primeiro, ter a visão do marketing do cliente de quem ela é. Pesquisas online, estudos de Analytics de site e Redes Sociais, pesquisas de Focus Group, questionários por email e Redes Sociais podem dar uma ideia melhor do perfil, e nem sempre os custos são altos. Algumas empresas contratam empresas de pesquisa para entender a fundo o, ou os, perfil(s) de consumidor que poderá dar um norte maior da Buyer Persona, mas se você não tem verba para isso, Analytics, pesquisas online nos canais digitais e base de email, são pesquisas excelentes com o custo zero.
Definido isso, é preciso criar o funil, como dissemos acima, pensando nos 3 passos fundamentais: conhecimento, consideração e tomada de decisão, para ai sim, dar o próximo passo, o conteúdo.
Antes de começar a ler esse tópico, quero saber se você já leu o livro Marketing de Conteúdo do meu querido amigo e grande referência Rafael Rez. Se você o segue no Instagram e se acessa a Nova Escola de Marketing. Se sim, parabéns, se não, olha, você está perdendo aulas de conteúdo diárias com a maior referência no assunto.
Conteúdo tem que seguir a palavra que eu mais amo no marketing: planejamento. Não é sair por ai fazendo qualquer coisa, escrevendo qualquer artigo, criando qualquer post. Conteúdo é o que move a internet, mas sem planejamento será muito gasto à toa, e atualmente, ninguém está jogando dinheiro fora, não é mesmo?
Comece criando uma lista de palavras-chave. Será o seu norte para o que escrever. Dentro desse universo de palavras, se começa a desdobrar textos para as plataformas, como Blog, Redes Sociais, e-mail marketing, newsletter e site.
Depois, reveja a sua Buyer Persona e veja como encantar com seu conteúdo, que não precisa ser apenas em texto, é preciso trabalhar além, com vídeo, infográfico, ilustração, animação e fotos muito bem trabalhadas. Sugiro ver o Instagram da MontBlanc, minha marca favorita, para ver o que eles fazem. Uma referência para mim, sempre.
Por fim, defina metas alcançáveis. Tenha um objetivo claro. Planejamentos começam com objetivos claros e diretos, do contrário, ele é apenas uma apresentação bonita.
Escreva no seu blog. Com constância. Sabemos que casa de ferreiro, espeto de pau é o ditado mais dito no universo das agências. Muitas delas terceirizam suas ações com outros parceiros por não ter tempo. Eu mesmo estou mexendo no meu site a mais de um ano, ele nunca está pronto, no blog eu tento ao máximo escrever 2 vezes por semana, nem sempre é possível, o problema disso é sempre o mesmo: tempo!
Mas por falta de tempo, que as empresas prospectam menos, fecham menos negócios, tem menos lucro. Por falta de tempo que se perde muita coisa. É preciso se organizar para que o tempo apareça, o dia tem 24h para todo mundo.
Falamos pouco de SEO aqui, isso será um tema para um próximo post, mas saiba que tudo o que tem conteúdo, tem o SEO atrelado. No final, o que temos é uma estratégia de marketing com uma engrenagem muito clara, cada ponto é importante para que o outro dê resultado. O SEO ajuda o conteúdo, que depende das plataformas para ser divulgado, que depende da mídia para impulsionar, que depende do site para ter um local seguro de conhecimento, que precisa de conteúdo…