Efeito Felipe Neto em 2024

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Efeito Felipe Neto em 2024, pode parecer um assunto morto, mas não, afinal, acabando o ano de 2023, sai uma notícia de que a Mondelez sentiu tanto o baque que resolveu rever sua política de contratação desses tipo de estratégia de divulgação de produtos, e ai, eu trouxe o tema para pauta novamente.

Um dos assuntos mais polêmicos dos últimos meses, no universo do marketing, obviamente, foi a contratação de um dos maiores influenciadores do país, Felipe Neto, pelo chocolate Bis.

Vale lembrar que Felipe Neto conquistou fama por ser polêmico, e que para esse autor não passa de um rapaz mimadinho que acha que o mundo gira em torno do seu topete azul, e que fique claro essa ser uma opinião é minha, aliás, desde o primeiro dia que vi esse “ser” eu já entendi o que ele seria, e não deu outra, cada dia que passa, cada vez que ele tem mais poder, mais mostra a verdadeira face.

Felipe Neto foi contratado pela Mondelez, dona da marca Bis, um dos chocolates mais vendidos do país, para, na sua entrevista no PodPah, fazer a propaganda do produto. Como a marca estaria na CCXP, a estratégia seria fazer algumas iniciativas como estratégia de divulgação, entre elas ir a um dos maiores podcasts do Brasil, o PodPah – com 7,7 milhões de inscritos – onde o influenciador seria entrevistado e levaria o produto para ser exposto durante o papo, e assim o Bis seria patrocinador oficial daquele episódio.

Até aqui a estratégia é excelente, levar um cara com altíssima audiência, para o 2o Podcast com mais audiência do país expondo a marca para milhões de pessoas, e indo ao canal de mídia do momento, o PodCast. Estava tudo indo bem, mas, o efeito Felipe Neto em 2024 estava só começando.

O problema foi no elo: Felipe Neto!

Polêmico e com posicionamentos políticos questionáveis, já que em 2018 falou que quem votasse no Lula era burro e em 2022 era Lulinha paz e amor nas Redes Sociais, além de outros temas, como ensinar sexo oral para crianças, ensinar como burlar sistema do YouTube ou mesmo fazer campanha “fica em casa” indo jogar futebol com segurança na porta da quadra para impedir que alguém entrasse ou filmasse ele.

Felipe Neto não é, pelo menos na minha visão, o típico garoto propaganda dos sonhos das marcas; só para as que olham para audiência e não para todo o histórico do influenciador, e isso, é uma miopia do marketing gigantesca, mas teve o lado bom, o efeito Felipe Neto em 2024 estava desenhado e isso tende a mexer com o mercado.

Isso sem falar que o cara já foi indiciado por corrupção de menores, só isso já era para ele nunca mais ser pago por nenhuma marca, mas para que jogar um Google se a sua paixão pelo influenciador supera tudo? Na minha visão tem alguém muito apaixonado por ele para assinar o contrato.

E deu a lógica!

A repercussão e o boicote vieram, e não foi algo pequeno e passageiro, até porque Felipe Neto tem vídeos criticando quem faz campanha de doces, pois isso prejudica as crianças, que ele tanto defende por ser o seu público. O efeito Felipe Neto em 2024 está completo!

A Mondelez ainda tentou apaziguar os ânimos, com um comunicado “suas contratações de influenciadores estão relacionadas unicamente a sua relevância no universo gamer e de entretenimento, sem qualquer vínculo ou apoio político de qualquer natureza”, mas claro que isso não ajudou, e nem prejudicou em nada.

O alvo das pessoas era o Felipe Neto, que na minha visão, deve ser o cara mais odiado da Internet (ao menos, dos que viraram web celebridades, sendo ele um dos principais), basta um Tweet dele para o ódio das pessoas aflorar. Ele tem 16,7 milhões de seguidores, então as suas falas repercutem muito nessa rede, eu por exemplo, dei block pois meu cérebro é muito evoluído para ler o que ele escreve, mas infelizmente os prints chegam até mim.

XoxialMedias: acordem!

CES 2023 e o MetaversoPublicitários, seja no departamento de marketing ou nas agências e consultorias, o papel principal de cada um é ser o guardião, ou guardiã, das marcas, isso a gente aprende no começo da faculdade, nas primeiras aulas. Será que alguns faltaram ou cabularam aula para… (cada um pense o que quiser, a minha opinião meu advogado pediu para não escrever)

E dessa forma, o mercado publicitário acendeu uma luz sobre a forma de contratar influenciadores para suas campanhas, eu, Felipe, sempre defendi que é preciso ter aderência e não audiência; em 2021, para uma empresa precisei fazer um planejamento e com isso fui a fundo no universo de micro influenciadores, os dados da pesquisa mais do que comprovavam: é mais eficiente para as marcas ter uma estratégia de micro influenciadores do que esses grandes influenciadores, e tem um ponto que é simples para explicar: verba.

Para mim, o ideal seria, dependendo da sua verba, usar um(a) grande influenciador no começo da campanha e depois sustentar com pequenos. Um influenciador do tamanho do Felipe Neto chega a cobrar 500 mil reais por um post (não sei o valor que a Bis pagou a ele), por um post, ou seja, naquele dia do post a repercussão será enorme para os mais de 17,4 milhões de seguidores que ele tem, só no Instagram. E no dia seguinte?

As pessoas seguem influenciadores para saber da vida deles, são, obviamente influenciados pelo o que eles ofertam, mas é a influencia temporária, de um Stories, por exemplo, dia seguinte, os influenciadores falam de outros assuntos e produtos, o de ontem, hoje, está esquecido.

O efeito Felipe Neto em 2024 não é um título chamativo, é uma realidade, é preciso que isso mude as coisas, mas nem sempre ocorre, nem o Bradesco contratando influenciadoras para falar mal de carne, e perdendo milhões de reais do agronegócio que tirou as contas dos bancos fez o pessoal aprender, prova disso: Bis e Felipe Neto.

Repense a verba

Quando uma agência pega 500 mil reais de verba e dividi em micro influenciadores, pagando, 2 mil para cada um, por exemplo, são 250 pessoas falando da marca. Coloque 5 por dia para falar da marca e se tem uma campanha de 50 dias no ar. E com certeza, somando todos, passa dos 17,4 milhões do Felipe Neto, ou de qualquer influenciador.

Imagine que, em média, um micro influenciador tenha 10 mil seguidores, versus 250 deles, dá uma média de 25 milhões de impactos, 7,6 milhões a mais que o Felipe Neto. E isso fazendo uma “conta de padaria”, pode ser muito mais, já que micro influenciadores são categorizados por perfis que tenham entre 10 e 50 mil.

O efeito Felipe Neto em 2024 também serve para que as marcas sejam mais estratégicas com as suas verbas.

E agora, Mondelez?

Agora, surge a notícia que a Mondelez, entendendo o estrago que foi feito, está revendo para 2024 a forma de contratar esse tipo de divulgação, com influenciadores, uma prática nada nova no mercado, que em muitos casos dá grandes resultados, outros nenhum, mas que precisa ser levado mais a sério, não pode levar em consideração o desejo pessoal do time de marketing ou da agência, é preciso ver a relevância.

Certa vez, eu estava em uma reunião com um time de mídia. Uma rádio tinha uma afinidade altíssima com o público da marca do cliente em questão, o diretor de mídia vetou a rádio no plano pois o posicionamento mais a direita da rádio ia contra a ideologia dele, de esquerda. Esse tipo de doença precisa acabar, quem manda é o público e não a sua ideologia política ou sua paixão pelo influenciador.

Efeito Felipe Neto em 2024

O que vai acontecer em 2024 com o universo dos influenciadores ninguém pode cravar, mas que as marcas vão rever a forma de contratar, eu não tenho dúvidas, se bem, que muita gente já esqueceu disso e o brasileiro tem a memória fraca, daqui uns meses o pessoal esquece e o Felipe Neto vai aparecer em outras campanhas, uma pena!

As marcas serão prejudicadas com isso, porém, a Mondelez é bilionária, se recupera, mas vamos pensar no Sr. João que vende o Bis na sua vendinha de um bairro humilde de São Paulo; pense na Dona Maria, mãe solteira, que vende o Bis na porta das danceterias como forma de sustentar 3 filhos. Esses não se recuperam.

Eu jamais aprovaria o Felipe Neto para uma campanha, na verdade no meu papel de consultor de planejamento e marcas, eu nem colocaria ele nas possibilidades e tenho uma série de motivos para deixar esse cara bem longe de qualquer marca que eu defenda, assim como, mesmo eu sendo contra a esquerda, jamais deixaria de anunciar em um canal como o UOL por não concordar com o quanto eles amam o PT. Babaquice sem tamanho!

Espero que esse artigo, sobre o efeito Felipe Neto em 2024, essa polêmica parceria entre a Bis e Felipe Neto possa ensinar o mercado sobre a importância de entender quais celebridades melhor representam as marcas e como isso impacta na decisão de compra, e pensar também, que as grandes marcas se recuperam, mas as vezes, uma decisão errada mata o comercio de muitos Sr. João e Dona Maria.

 

 

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Felipe Morais
Felipe Morais
Publicitário, apaixonado por planejamento digital. Começou a carreira, em 2001, atuando como redator publicitário, passando, em 2003 para a área de planejamento digital, onde atua até hoje, sendo reconhecido como um dos grandes nomes do mercado no Brasil.

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